Mundo

Direitos nacionais e diálogo serão prioridades, diz Patriota

Para novo chancelar, países em desenvolvimento precisam ter mais voz

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2011 às 16h46.

Brasília - Ao assumir hoje (2) o Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Antonio de Aguiar Patriota, de 55 anos, defendeu as posições de firmeza adotadas pela política externa brasileira em favor dos interesses nacionais, do multilateralismo e da busca pelo diálogo. Segundo ele, é fundamental a revisão da formação de algumas entidades internacionais, mas não citou quais. Para o chanceler, é essencial que todos os países tenham voz, do contrário, erros do passado serão reproduzidos.

Para Patriota, é importante ainda que a presidente Dilma Rousseff desenvolva uma “diplomacia universal” dando importância aos países da América do Sul e do Caribe, assim como parceiros importantes comerciais, como os Estados Unidos e a China. Segundo ele, uma agenda internacional já foi negociada com Dilma.

“O Brasil não se furtará em defender interesses nacionais específicos”, disse Patriota, que participou hoje da cerimônia de transmissão de cargo, no Itamaraty. “Continuaremos a privilegiar a diplomática e a defender o multilateralismo e o fim das armas nucleares.”

De acordo com o novo chanceler, é necessário que os países em desenvolvimento sejam ouvidos. “[Os países que integram o] G20 [grupo dos países mais ricos do mundo] devem ser sensíveis aos países [em desenvolvimento]”, disse ele. “Os antigos formadores de opinião têm encontrado dificuldades em manter suas ideias.”

Patriota é formado em filosofia pela Universidade de Genebra (Suíça). Desde o início da carreira no Itamaraty, era apontado como um dos promissores diplomatas do país. O atual chanceler foi chefe do setor político na Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) e também embaixador do Brasil nos Estados Unidos, além de outras funções desempenhadas no exterior.

O ministro das Relações Exteriores afirmou ainda que mantém uma relação amistosa com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Patriota e Garcia trabalharam juntos durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois o atual chanceler era o secretário geral do Itamaraty e anteriormente ocupou a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. “Temos pela frente muito trabalho, mas herdamos um país em excelentes condições”, disse.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilDiplomaciaG20

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia