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Diplomatas americanos criticam política para a Síria

Segundo os jornais The New York Times e The Wall Treet Journal, alguns diplomatas defendem ataques aéreos americanos contra as tropas do regime sírio


	Síria: segundo The New York Times, os diplomatas defendem que os Estados Unidos ataquem diretamente o regime de Assad
 (Reuters)

Síria: segundo The New York Times, os diplomatas defendem que os Estados Unidos ataquem diretamente o regime de Assad (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 08h39.

Um grupo de diplomatas americanos usou um canal oficial do Departamento de Estado para criticar a política do governo de Barack Obama na Síria, confirmou nesta quinta-feira o porta-voz John Kirby.

Segundo os jornais The New York Times e The Wall Treet Journal, alguns diplomatas defendem ataques aéreos americanos contra as tropas do regime de Bashar al-Assad.

O porta-voz admitiu à AFP a existência de uma mensagem "dissidente redigida por um grupo de funcionários do departamento de Estado envolvendo a situação na Síria".

"Estamos analisando a mensagem, enviada muito recentemente".

Kirby explicou que no departamento de Estado existe um "canal dissidente" que permite aos diplomatas que discordam da política oficial registrar suas preocupações sem temer represálias.

O porta-voz acrescentou que o secretário de Estado, John Kerry, "valoriza e respeita" este canal, mas não comentou se ele analisou a mensagem em questão.

Segundo The New York Times, os diplomatas defendem que os Estados Unidos ataquem diretamente o regime de Assad.

As forças americanas na Síria apenas ajudam rebeldes locais na luta contra o grupo Estados Islâmico (EI), mas não confrontam as tropas de Assad, apoiadas por Rússia e Irã.

Nesta quinta-feira, um funcionário do departamento de Defesa informou que aviões russos bombardearam rebeldes apoiados pelos Estados Unidos no sul da Síria.

Os bombardeios, que ocorreram na região de Al Tanaf, "levantam sérias preocupações sobre as intenções russas" na Síria, declarou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

"Os aviões russos não estavam ativos nesta área do sul da Síria há algum tempo, e não havia soldados russos ou do regime nos arredores" da posição atacada, acrescentou o funcionário.

"Buscaremos uma explicação da Rússia sobre esta ação, além de garantias de que isto não acontecerá mais".

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