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Diplomata norte-coreano foge de embaixada em Londres

Thae Yong-ho, que há 10 anos trabalhava em Londres como embaixador adjunto, era, além disso, responsável por promover a imagem de Coreia do Norte no Reino Unido


	Coreia do Norte: nem o Ministério das Relações Exteriores britânico nem a embaixada norte-coreana se pronunciaram ainda sobre a possível fuga
 (REUTERS/Denis Balibouse)

Coreia do Norte: nem o Ministério das Relações Exteriores britânico nem a embaixada norte-coreana se pronunciaram ainda sobre a possível fuga (REUTERS/Denis Balibouse)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 17h22.

Londres - Um diplomata norte-coreano fugiu da embaixada de seu país em Londres junto da mulher e dos filhos em busca de asilo em outro país, informou nesta terça-feira a emissora britânica "BBC".

Thae Yong-ho, que há dez anos trabalhava na capital inglesa como embaixador adjunto, era, além disso, responsável por promover a imagem de Coreia do Norte no Reino Unido.

Além de Thae e do embaixador, Hyon Hak Bong, outras quatro pessoas trabalham na residência diplomática norte-coreana.

Nem o Ministério das Relações Exteriores britânico nem a embaixada norte-coreana se pronunciaram ainda sobre a possível fuga do diplomata, que deixou sua residência em Ealing, região oeste de Londres, no início deste mês e tem o paradeiro desconhecido.

Esta é a primeira vez que acontece um caso como esse desde que foram retomados os laços diplomáticos entre o regime comunista da Coreia do Norte e o Reino Unido, há 13 anos.

De acordo com a "BBC", Pyongyang teria solicitado a Thae Yong-ho que preparasse uma série de medidas para fazer frente à opinião generalizada que se tem no Reino Unido sobre as violações de direitos humanos no país asiático.

"É uma deserção importante. Caso venha a se confirmar, seria algo muito vergonhoso para o regime", afirmou John Nilsson-Wright, diretor do departamento da Ásia no laboratório de ideias londrina Chatham House.

"Londres foi uma prioridade diplomática para Coreia do Norte durante muito tempo e isso fica demonstrado com o elevado número de funcionários que têm na cidade e com os recursos destinados a manter sua presença aqui", avaliou Nilsson-Wright. 

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