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Diplomata chinês é detido pelo governo para interrogatório, diz jornal americano

É a primeira vez desde 2023 que um diplomata chinês desse nível é detido

Liu Jianchao: ele trabalhou em várias embaixadas, incluindo na Indonésia e nas Filipinas, e foi porta-voz do Ministério das Relações Exteriores (Roslan Rahman/AFP)

Liu Jianchao: ele trabalhou em várias embaixadas, incluindo na Indonésia e nas Filipinas, e foi porta-voz do Ministério das Relações Exteriores (Roslan Rahman/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 10 de agosto de 2025 às 09h33.

Um diplomata chinês considerado candidato ao cargo de ministro das Relações Exteriores foi detido pelas autoridades de seu país para ser interrogado, informou o Wall Street Journal neste domingo, 10.

Liu Jianchao, que dirige o Departamento Internacional, órgão do Partido Comunista encarregado das relações com partidos estrangeiros, foi "levado" quando retornava a Pequim no final de julho após uma viagem a trabalho, indicou o jornal.

As razões de sua detenção são desconhecidas, segundo a mesma fonte. O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente ao pedido de confirmação da AFP.

É a primeira vez desde 2023 que um diplomata chinês desse nível é detido. Naquele ano, Qin Gang, então ministro das Relações Exteriores, foi destituído após informações sobre um relacionamento extraconjugal.

Quem é o diplomata detido pelo governo chinês?

Liu, de 61 anos, trabalhou em várias embaixadas, incluindo na Indonésia e nas Filipinas, e foi porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Também dirigiu vários órgãos nacionais e regionais encarregados de implementar a campanha anticorrupção do presidente Xi Jinping.

Em julho, acusou o ministro da Defesa dos Estados Unidos de "provocar o confronto e o conflito" quando instou aliados americanos a reforçarem suas forças armadas para fazer frente à China.

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