Uso da ventilação e iluminação natural tornam a obra ecologicamente correta (Divulgação/University of Copenhagen)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 17h26.
São Paulo - O edifício Green Lighthouse Denmark, construído na Dinamarca, é o lar da Faculdade de Ciências da Universidade de Copenhagen e é um prédio completamente verde, projetado para reduzir ao máximo seus impactos ambientais.
O prédio foi concebido de modo a economizar até 75% de energia. O consumo é muito baixo, por fazer uso da ventilação e iluminação natural entre outras características que o tornam ecologicamente correto e podem servir de modelo para o futuro.
É importante que o consumo energético seja reduzido em edifícios. No caso do Light Green, a proposta foi plenamente alcançada, proporcionando poucas emissões, algo que ajuda muito para um país como a Dinamarca, que está sempre procurando novas ideias para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
A casa possui 950 m2 em uma configuração cilíndrica que garante as condições ideais entre menor superfície e máximo volume. As fachadas ajustáveis permitem que a luz gire em torno do prédio seguindo o sol. Desta forma, a geração ideal de energia é garantida.
A luz do dia é a principal fonte de iluminação. Em termos técnicos, o fator ‘luz do dia’ deve ser de pelo menos 3% em todas as estações de trabalho e no mínimo 2% nos corredores.
O telhado é inclinado para o sul, a fim de aumentar a exposição ao sol, e coberto com células solares e painéis solares. As células solares geram eletricidade para ser utilizada na iluminação e aquecimento.
A variação na energia solar gerada, está integrada no sistema de energia da casa. O calor é acumulado no concreto termo-ativo no piso térreo e funciona como "radiador" durante o inverno, que também pode ser utilizado para a refrigeração durante o verão. O excesso de energia é armazenado no subsolo e usado em períodos com menor exposição ao sol.
A ventilação se dá através da parte superior das janelas que abrem e fecham automaticamente a fim de permitir que o ar fresco entre, portanto não são necessários sistemas elétricos. O ar aquecido sobe através do átrio central do edifício e saem através das clarabóias, que também são usadas durante a estação quente para arrefecer a casa durante a noite.
Construções sólidas e pesadas de isolamento de paredes e telhado reduzem a demanda de aquecimento. O material garante que a casa vai deter o calor durante a noite.
Janelas com vidro térmico minimizam a perda de calor e, ao mesmo tempo, garantem que o sol aqueça a casa durante o inverno. A fonte de iluminação é baseada em um sistema de emissão de luz diodo caracterizado por ter uma vida longa e baixo consumo. A energia para iluminação básica é gerada pelo próprio edifício.
Um bom clima interno é importante para a saúde e o bem-estar das pessoas. Clima interior não saudável pode resultar em mal-estar, cefaleia, mas também sérios problemas de saúde como alergia e asma. É o ar fresco, luz natural e uma vista agradável que faz com que um prédio seja confortável para trabalhar, estudar ou viver.
Os serviços da faculdade e do estudante são consolidados sob o mesmo teto, e os estudantes podem procurar aconselhamento sobre orientação profissional, exames e outros assuntos diversos. Além disso, um corpo docente e outros filiados à faculdade serão alojados no prédio, servindo como um ponto de encontro para pesquisadores com uma conexão com a Faculdade de Ciências.
Esta foi a primeira casa pública neutra em carbono do país. O projeto foi construído em menos de um ano em uma estreita parceria público/privado. Os parceiros são a Universidade de Copenhagen, VELUX, VELFAC e a Danish University and Property Agency (UBST), da Cidade de Copenhagen.
A casa foi construída por um consórcio entre Hellerup Byg, Christensen & Co. Architects e COWI e foi inaugurada oficialmente em outubro de 2009.