São Paulo - O descompasso entre as expectativas otimistas que se seguiram à eleição da presidente Dilma Roussef e o saldo concreto dos seus primeiros meses de governo motivou a ordem de discrição quanto à balanços do novo mandato no Palácio do Planalto. Entre as medidas que refletem a cautela estaria a proibição das comemorações dos 100 primeiros dias de governo, diz reportagem da Folha de São Paulo deste sábado (5).

De acordo com a reportagem do jornal, ministros teriam encomendado balanços do período às suas equipes, mas a presidente os teria desautorizado a fazer qualquer tipo de pesquisa ou medida simbólica para a data.

A razão, discutida com os ministros da coordenação do governo e com os estrategistas de comunicação, seria a queda natural de popularidade nos primeiros meses de mandato. Entre as medidas que podem impactar os índices de aceitação da presidente estão o corte de R$ 50 bilhões do orçamento e a definição do salário mínimo em R$ 545 reais. A equipe de marketing político da presidente já prepara estratégias para suavizá-la diante do público, aumentando o número de viagens e aumentando sua exposição ainda no primeiro semestre.