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Dilma vê difamação no caso Palocci e quer contra-ataque

Presidente cobrou explicações e disse que reforçará a estratégia de blindagem do ministro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 10h51.

São Paulo - O governo avalia que a crise envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, vai se prolongar e, por isso, reforçará a estratégia de blindagem de seu mais importante articulador político. Em conversas ao longo do dia, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff cobrou explicações sobre as denúncias contra Palocci e determinou o contra-ataque.

Pelo script traçado, nenhuma denúncia deve ficar sem resposta e tanto os ministros como a cúpula do PT precisam mostrar "assertividade" na defesa do chefe da Casa Civil. Ao receber para o almoço o presidente do PT, Rui Falcão, Palocci e o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, Dilma adotou a máxima do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Recomendou "sangue-frio e nervos de aço" para reagir às acusações, pois, no seu diagnóstico, há uma campanha de "difamação" contra Palocci.

Lula ligou para o ministro no domingo e ontem, manifestando apoio a ele. O ex-presidente também tem conversado com Dilma por telefone. Falcão negou que o caso Palocci tenha sido tratado no almoço, mas defendeu o chefe da Casa Civil. "Palocci é um ministro acima de qualquer suspeita. Não há fator de preocupação no governo", disse ele. Deputado estadual, o presidente do PT fez coro com a linha geral adotada até aqui pelos aliados. "Ele já deu todas as explicações necessárias."

Com Palocci alvejado, o descontentamento do PT com a composição do segundo escalão não foi o principal prato do almoço no Alvorada. "Não trato de varejo. Quero construir uma interlocução política com a presidente e estamos dando suporte ao governo", afirmou Falcão.

Apesar da aparência de tranquilidade, o clima no governo é tenso. Dilma passou o dia reunida com auxiliares, no Alvorada, pedindo esclarecimentos sobre cada denúncia publicada contra Palocci. O chefe da Casa Civil acompanhou a maioria dos encontros, munido de vários documentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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