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Dilma vai a evento do PAC e TV estatal tira seu nome do ar

Ao citar o nome da pré-candidata, a imagem da autoridade que discursava era mantida, mas o áudio era substituído pela voz em "off" de uma locutora

Segundo Secom, medida evita favorecer qualquer candidato (.)

Segundo Secom, medida evita favorecer qualquer candidato (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

São Paulo - A emissora estatal NBR procurou nesta sexta-feira eliminar o nome da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) quando era citado em discursos transmitidos ao vivo durante evento do governo federal realizado em Ipojuca (PE).

A cerimônia contou com a presença da ex-ministra e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O expediente da NBR foi utilizado pelo menos cinco vezes, um deles em meio ao discurso do próprio presidente Lula.

Tratava-se da transmissão de cerimônia de lançamento do primeiro navio construído pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal projeto de infraestrutura do governo Lula e que foi coordenado até março por Dilma, então ministra da Casa Civil.

Ao citar o nome da pré-candidata, a imagem da autoridade que discursava era mantida, mas o áudio era substituído temporariamente pela voz em "off" de uma locutora que passava a fornecer as informações mais variadas, como dados da biografia de João Cândido, que dá nome ao navio.

Ficou-se sabendo que ele foi líder da Revolta da Chibata (1910), em que marinheiros rebelaram-se contra a aplicação de castigos físicos no Rio de Janeiro.

Em algumas intervenções surgia a imagem do navio e a locução apresentava dados da cerimônia e os nomes das principais autoridades presentes, para em seguida retomar o áudio do discurso da vez.

Antes de interromper o som da fala do presidente Lula, a NBR tirou o áudio por um período de tempo do presidente da Transpetro, Sergio Machado, do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos (neste caso por duas vezes), e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, todos em seguida a citações do nome de Dilma.

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que opera a NBR, informou à Reuters que a medida foi intencional e seguiu orientação da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

A determinação da Secom, segundo a EBC, é no sentido de evitar que as transmissões da NBR possam significar favorecimento a qualquer candidato nas eleições deste ano. A forma utilizada nesta sexta, no entanto, pode ser revista.

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