Mundo

Dilma repudia polêmica sobre criação de dossiês do PT

Candidata diz que a tentativa de vincular sua imagem a dossiês é uma tática eleitoreira

Dilma reivindica tratamento igual ao dado aos outros candidatos (.)

Dilma reivindica tratamento igual ao dado aos outros candidatos (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - Para defender-se das recentes polêmicas sobre criação de dossiês por petistas contra adversários, a candidata do PT à Presidência Dilma Rousseff, citou neste domingo o escândalo dos grampos das privatizações do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Se for fazer vinculação de denúncias de pessoas que integram governos, levantemos de todos e não só os meus. Me parece bastante eleitoreira essa tentativa de vinculação", disse a ministra.

"É possível que a imprensa levante tudo o que aconteceu em governos anteriores. Por exemplo, todos os grampos que ocorreram durante as privatizações no BNDES. Atingirão, por acaso, o candidato da oposição, o meu adversário, José Serra? Então acho que como aquilo não atinge, isso (dossiês) também não tem nada a ver com minha campanha", disse, durante uma visita na manhã deste domingo a uma feira em Ceilândia, no Distrito Federal.

A ministra referiu-se aos processos de privatização de estatais no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso na segunda metade da década de 90. Conversas telefônicas revelaram indícios de que houve irregularidades e esquemas para favorecer empresas. Neste domingo, Dilma foi questionada sobre reportagem publicada pela revista "Veja" neste fim de semana, em que Gerardo Xavier de Santiago, ex-assessor da Presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), afirmou que o fundo virou uma "fábrica de dossiês" contra a oposição ao governo Lula.

Em junho, uma crise atingiu a campanha de Dilma depois da revelação de uma tentativa de elaboração de um dossiê, supostamente por pessoas ligadas à campanha dela, contra o candidato do PSDB, José Serra. Neste domingo, a petista repudiou as ligações feitas entre sua campanha e esses episódios, como o da Previ. "Eu não acredito que tenha algo a ver isso com a minha campanha. Porque até essa questão de alguém acusar alguém tem que ser provada. Mas de qualquer jeito eu não tenho nenhuma vinculação, minha campanha não tem nenhuma vinculação com a Previ", afirmou.

A petista criticou ainda reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de São Paulo mostrando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará a seu sucessor um bolo de pagamentos pendentes de R$ 90 bilhões. Será um novo recorde, superando os R$ 72 bilhões de contas penduradas que passaram de 2009 para 2010, enquanto o ex-presidente Fernando Henrique legou a Lula a conta de R$ 22,6 bilhões.

"Querem comparar um governo regido pelo fundo monetário com um governo que está com o País crescendo a 7%. Proporcionalmente é mais emprego, política pública, mais saúde, melhoria nas condições da educação brasileira. Resto a pagar é investimento", disse Dilma. "Que história é essa de comparar restos a pagar de 2002 com o Brasil sem taxa de investimento, com queda violenta de atividade econômica, com uma crise fiscal violenta, com a inflação saindo do controle e com uma dívida externa que chegou a colocar o Brasil de joelhos diante do Fundo Monetário?", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEleiçõesEleições 2010Oposição políticaPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mundo

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história