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Dilma estreia coluna 'Conversa com a Presidenta'

Na primeira "conversa", ela respondeu sobre alimentação familiar, apoio às famílias de militares vítimas do terremoto no Haiti e os Correios

A presidente Dilma Rousseff estreou sua coluna 'Conversa com a Presidenta' nos jornais (Antonio Cruz/ABr)

A presidente Dilma Rousseff estreou sua coluna 'Conversa com a Presidenta' nos jornais (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 10h16.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff estreou a coluna semanal "Conversa com a Presidenta", publicada hoje em jornais cadastrados de todo o País. Nela, Dilma respondeu a três perguntas selecionadas pela Secretaria de Imprensa da Presidência. O líder comunitário Alberto Estevão da Silva, no sertão de Pernambuco, perguntou se a administração federal pretende ampliar parcerias entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e as associações da comunidade que recebem alimentos para doar - o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ação complementar ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Dilma respondeu que segurança alimentar é "prioridade absoluta na erradicação da extrema pobreza" e que, por isso, o PAA, que, segundo ela, desembolsou no ano passado R$ 800 milhões na compra de 540 mil toneladas de comida, terá R$ 2 bilhões para gastar em 2011. "As entidades vão contar com uma quantidade maior de produtos e poderão atender muito mais pessoas", disse.

A presidente afirmou que os alimentos serão usados para recompor os estoques estratégicos de segurança alimentar e distribuídos a 89 restaurantes populares e a 406 cozinhas comunitárias, que cobram, em média, R$ 1,50 por refeição. Para isso, pediu ajuda de prefeituras no planejamento do programa e na identificação dos beneficiados. "Na verdade, essa é uma tarefa que exige a participação de todos nós, do governo e da sociedade."

Dilma falou ainda sobre a ajuda às famílias dos militares brasileiros mortos no terremoto ocorrido no Haiti, no início de 2010. Ela afirmou à professora Isadora Bueno, de São Paulo, que o Poder Executivo "jamais deixaria de amparar" os 18 militares que morreram na tragédia. "Eles estavam no Haiti contribuindo para pacificar as forças em conflito e prestando solidariedade a um povo que, mesmo antes da tragédia, já vivia uma situação de extrema gravidade."

Segundo Dilma, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva liberou, em 31 de dezembro, R$ 500 mil para cada família. Dilma disse também que as 16 crianças e adolescentes que eram dependentes das vítimas receberão bolsas de estudo no valor de R$ 510 mensais até a conclusão dos ensinos fundamental e médio. Para os que prosseguirem com os estudos, o benefício será estendido até eles completarem 24 anos.

Privatização

A presidente negou que o governo privatizará a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em resposta a uma pergunta de um funcionário da própria ECT. Dilma disse que passar os Correios para a propriedade privada "nem está em cogitação". "Você e os mais de cem mil empregados que compõem o quadro dos Correios podem ficar tranquilos, pois as iniciativas para modernizar a empresa não passam por sua privatização." Ela disse que as ações que a gestão federal planeja para a estatal buscam fortalecê-la.

De acordo com Dilma, a ECT se prepara para oportunidades de novos negócios, principalmente nas áreas de logística integrada, serviços financeiros postais e correio digital. "A logística para a execução do serviço postal, que inclui infraestrutura, processos adequados, tecnologia de ponta e pessoal qualificado, é a chave do sucesso dos Correios", respondeu ao funcionário dos Correios Márcio Rogério Godoy Nóbrega, de Bauru, no interior de São Paulo.

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