Mundo

Dilma e Lula participam de velório de José Alencar e se emocionam

Dilma e Lula se uniram à cerimônia cerca de dez horas depois do início do velório na sede do Governo porque estavam em Portugal, onde o ex-governante foi homenageado por seu empenho no combate à miséria

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 22h31.

Brasília - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lideraram nesta quarta-feira no Palácio do Planalto o funeral do ex-vice-presidente José Alencar, morto nesta terça-feira vítima de um agressivo câncer.

Dilma e Lula se uniram à cerimônia cerca de dez horas depois do início do velório na sede do Governo porque estavam em Portugal, onde o ex-governante foi homenageado por seu empenho no combate à miséria.

A chefe de Estado e seu antecessor no cargo e mentor político chegaram juntos diretamente do aeroporto, se aproximaram do caixão de Alencar sem poder esconder a emoção e assistiram a uma missa celebrada pelo bispo Dimas Lara Barbosa, secretário-geral do Episcopado.

Como fez ao ser informado sobre a morte de Alencar, que o acompanhou como vice-presidente durante toda sua gestão governamental, entre janeiro de 2003 e janeiro deste ano, Lula chorou muito e deu um carinhoso beijo na testa de quem definiu como "companheiro e irmão".

Dilma, totalmente de preto, não fez declarações e abraçou a viúva de Alencar, Mariza Campos Gomes da Silva, durante a missa.

O velório reuniu no Palácio do Planalto os familiares de Alencar e toda a classe política, que prestou homenagem a um homem que comoveu o país com a integridade mostrada nos últimos dois anos frente a um agressivo câncer abdominal que já era irreversível.

Além de ministros, parlamentares, governadores, prefeitos e outras centenas de políticos presentes, perante o caixão com o corpo de Alencar passaram cerca de seis mil pessoas, na grande maioria funcionários públicos e pessoas do povo que quiseram participar da homenagem.

Algumas dessas pessoas mais simples choraram muito, como ocorreu com a aposentada Enzimar Vieira dos Santos, que se aproximou do caixão para agradecer Alencar "pelo exemplo de luta contra o câncer", uma doença da qual ela também sofre.

Alencar faleceu, aos 79 anos, em um hospital de São Paulo no qual durante mais de uma década foi tratado devido ao câncer e no qual, entre outras personalidades, atende por esse mesmo motivo o presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

O caixão foi transportado nesta quarta-feira de avião da Força Aérea até Brasília, onde foi recebido com honras de Estado em um ato do qual participaram autoridades da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal.

O corpo foi levado ao Palácio do Planalto em um caminhão dos Bombeiros escoltado por veículos militares e, ao chegar à sede do Governo, foi carregado nos ombros por soldados da guarda de honra da Presidência, que o conduziu por uma rampa até o Salão Nobre.

O caixão permanecerá no local até quinta-feira, quando será levado para o seu estado natal, Minas Gerais, onde o corpo será velado no Palácio da Liberdade, antiga sede do Governo do estado.

A última escala será no cemitério de Contagem, cidade vizinha a Belo Horizonte, onde Alencar será cremado, segundo o desejo que ele mesmo tinha manifestado em vida.

Nos 51 anos de história de Brasília, esta foi a segunda vez que o Palácio do Planalto foi aberto para um funeral de Estado e a primeira em que foi usado para a despedida de um ex-vice-presidente.

Até agora, somente Tancredo Neves, eleito presidente em janeiro de 1985, mas que não chegou a assumir o cargo devido a uma grave doença que causou sua morte, tinha sido velado na sede do Governo.

Acompanhe tudo sobre:José AlencarPolíticaPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Mundo

Para ex-premier britânico Tony Blair, Irã é o principal foco de instabilidade no Oriente Médio

Naufrágio de iate turístico deixa pelo menos 17 desaparecidos no Egito

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras