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Dilma e Gleisi divergem sobre Código Florestal

Nova ministra defendeu a aprovação do novo Código, ao contrário da presidente, que criticou o conteúdo favorável aos desmatadores

Ministra-chefe da Casa Civil saiu em defesa da agricultura familiar no Código Florestal (Agencia Brasil / Antonio Cruz)

Ministra-chefe da Casa Civil saiu em defesa da agricultura familiar no Código Florestal (Agencia Brasil / Antonio Cruz)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 10h22.

São Paulo - O posicionamento da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, sobre o texto do novo Código Florestal pode indicar um embate com a da presidente Dilma Rousseff. Como senadora, Gleisi defendeu o texto do novo Código no Plenário do Senado no dia 9 de maio, duas semanas antes de o projeto, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), ser aprovado na Câmara dos Deputados.

Paranaense, a ministra da Casa Civil saiu em defesa da agricultura familiar. "O relatório do Aldo Rebelo conta com forte aceitação entre produtores do meu Estado, o Paraná. Ali, 86% dos estabelecimentos rurais são da agricultura familiar", disse a atual ministra. Ela defendeu a dispensa de recuperação da reserva legal para propriedades de até 4 módulos fiscais, que, no Paraná, abrange propriedades de cerca de 80 hectares em média, segundo Gleisi. "Das quase 380 mil propriedades rurais no Paraná, cerca de 320 mil serão beneficiadas se essa medida for aprovada", disse a ministra. O texto foi aprovado na Câmara no dia 24 de maio.

Esta semana, porém, Dilma reafirmou que é contrária à anistia aos desmatadores. "Não negociaremos a questão do desmatamento. Iremos cumprir os compromissos que assumimos e não permitiremos que haja volta atrás na roda da história", afirmou a presidente em discurso anteontem sobre a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que o Brasil sediará no ano que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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