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Dilma diz acompanhar "com atenção" crise no Paraguai

Em rápida conversa com jornalistas, presidente disse que ainda não recebeu informações do ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, que está em Assunção

Dilma Rousseff: o governo brasileiro espera que a missão de Patriota e outros nove chanceleres da América do Sul consiga adiar a votação do impeachment (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: o governo brasileiro espera que a missão de Patriota e outros nove chanceleres da América do Sul consiga adiar a votação do impeachment (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 13h36.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff voltou a manifestar preocupação com o processo político que pode tirar o paraguaio Fernando Lugo do poder. Em rápida conversa com jornalistas em um hotel da Barra da Tijuca, ela disse que ainda não recebeu informações nesta sexta-feira do ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, que está em Assunção chefiando o esforço internacional para evitar o impeachment. "Nós estamos avaliando e acompanhando com atenção", afirmou.

O governo brasileiro espera que a missão de Patriota e outros nove chanceleres da América do Sul consiga adiar a votação do impeachment no Senado, prevista para hoje. Uma avaliação feita na noite de quinta-feira prevê que o processo poderá ser revertido no parlamento.

Em reportagem publicada hoje, o jornal O Estado de S.Paulo antecipou que Dilma avalia como tentativa de golpe o processo político no Paraguai, onde a Câmara já aprovou a destituição de Lugo. Hoje, ministros criticaram a rapidez do parlamento paraguaio.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que a avaliação do governo é mesmo de que há uma tentativa de golpe. "O processo foge do senso de procedimento geral de Justiça", afirmou. "É surpreendente como ocorreu. Em 24 horas não se depõe um presidente que deixará o governo em nove meses."

Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o processo de impeachment foi "espantoso". "É um processo incompatível com as regras do contraditório e da ampla defesa, mundialmente consagradas", afirmou.

Cardoso ponderou que falava como jurista e não como ministro de um governo. "Como jurista, avalio que um processo de impeachment, embora político, precisa ter base jurídica."

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