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Dilma desembarca em Mendoza para cúpula do Mercosul

Atraso no desembarque da presidente ocorreu por conta de uma longa conversa com Lula

Dilma no Mercosul: provavelmente será chancelada a suspensão do Paraguai do bloco (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma no Mercosul: provavelmente será chancelada a suspensão do Paraguai do bloco (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 06h13.

Mendoza - A presidente Dilma Rousseff desembarcou à 1h20, na Base Militar da IV Brigada Aérea, em Mendoza, Argentina, para participar, nesta sexta-feira, das reuniões de cúpula do Mercosul e da Unasul. A chegada inicialmente estava prevista para às 21h45, mas a presidente acabou atrasando seu desembarque na Argentina, em função de uma longa conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, seguida de uma bateria de exames no hospital Sírio Libanês. Com isso, Dilma perdeu um jantar que estava sendo oferecido pela presidente Cristina Kirchner aos seus colegas, no tradicional restaurante Antigua Escorihuela. Ao chegar ao hotel Sheraton Mendoza, onde está hospedada, às 2h, Dilma foi abordada por jornalistas e brincou:" tem dó de mim".

O primeiro compromisso da presidente nesta sexta-feira é um café da manha de trabalho, previsto para às 9h30, no hotel Intercontinental, com os demais presidentes do Mercosul, quando será chancelada a suspensão do Paraguai do bloco, possivelmente até que, no entender dos mandatários, as próximas eleições sejam realizadas no país e esteja ali restabelecida a plena vigência democrática.

Na reunião do Mercosul está prevista para ser aprovada ainda a aceitação da Venezuela no bloco, o que estava sendo postergado há anos, em função da não concordância do parlamento paraguaio. Como o país está banido do Mercosul, a ideia é aprovar a entrada da Venezuela e tornar a sua inclusão um fato consumado, que não poderá ser desfeito, quando a sanção política ao Paraguai for suspensa e o país for readmitido no grupo. Não está prevista a aplicação de nenhuma sanção econômica ao Paraguai.

Á tarde, a partir das 15h30, está marcada a cúpula extraordinária de chefes de estado da Unasul, quando os países integrantes deste bloco, decidirão como irão tratar o Paraguai. A intenção é de os países não reconhecerem o governo de Frederico Franco, por entenderem que a destituição de Fernando Lugo ocorreu sem amplo direito de defesa e a rapidez do seu julgamento não atendeu as cláusulas democráticas do regulamento do grupo. Dilma Roussef deverá retornar ao Brasil ainda na noite desta sexta-feira.

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