Mundo

Dilma defende abertura de capital da Infraero

A proposta seria a solução, de acordo com a candidata do PT, para solucionar os gargalos aéreos e a carência do sistema de aeroportos do Brasil

A candidata do PT, Dilma Rousseff, defendeu a abertura de capital da Infraero (.)

A candidata do PT, Dilma Rousseff, defendeu a abertura de capital da Infraero (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu na noite de ontem a abertura de capital da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) como um meio para solucionar os gargalos aéreos e a carência do sistema de aeroportos do Brasil. Em entrevista ao "Jornal das Dez", do canal pago Globo News, Dilma afirmou que a iniciativa permitiria um aporte maior de recursos para a melhoria dos terminais aéreos por meio da participação de capital privado, e ressaltou para este caso o modelo de gestão compartilhada.

"Eu não estou contente com o ritmo das obras dos aeroportos. Acho que elas deveriam ser muito mais céleres", reconheceu. A petista afirmou que, num eventual governo dela, a questão será uma das prioridades. Dilma citou também as dificuldades no sistema regulatório nacional. "A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem todos os instrumentos para fiscalizar, punir e multar as empresas aéreas que deixam os passageiros abandonados" afirmou.

Durante a entrevista de 15 minutos, a candidata do PT ressaltou ainda a importância de os cargos da administração pública serem preenchidos por critérios técnicos, e não apenas por interesses políticos. Dilma respondeu a pergunta sobre o interesse demonstrado recentemente por aliados, como o PMDB, de lotarem postos estratégicos de uma eventual gestão do PT à frente da administração federal. "Tem de se escolher o melhor e o mais preparado para cada função", disse.

Porém, Dilma afirmou que a escolha pelo crivo da especialização não impede que haja indicações de caráter político. "Não é necessário que o cargo não seja indicado por algum partido que componha a aliança. O que é necessário é que haja transparência nos critérios de seleção." Ela disse que o governo anterior, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, indicou aliados para cargos da estrutura governamental e que esse tipo de procedimento diminuiu nos últimos anos com o amadurecimento do País.

Desmatamento
A candidata rechaçou qualquer iniciativa que torne flexíveis as regras ambientais ou que trate os "desmatadores" com leniência. "Eu não concordo de maneira alguma com procedimentos que signifiquem diminuir a luta pela redução do desmatamento." Dilma evitou criticar o projeto de lei que altera o Código Florestal Brasileiro, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que apoia a candidatura dela, e disse que a proposta deve ser votada após o período eleitoral, "quando diminuem as paixões".

No mesmo programa, a candidata declarou ser favorável à "política do diálogo" com outros países, diplomacia que tem pautado as missões do Ministério das Relações Exteriores. De acordo com Dilma, as estratégias "de confronto e de intolerância" não se mostraram efetivas na solução de obstáculos internacionais.

"Nós não podemos achar que a política do forte esmagando o mais fraco serve para alguma coisa." A candidata petista justificou as incursões das forças militares brasileiras no Haiti como uma medida necessária. "Nesse caso, é completamente diferente. Houve um golpe de Estado claro", afirmou.

Leia mais notícias sobre Dilma Rousseff

Siga as notícias do site EXAME sobre Eleições 2010 no Twitter

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoDilma RousseffEleiçõesEleições 2010Empresas estataisEstatais brasileirasInfraeroPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresServiços

Mais de Mundo

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia

Irã manterá diálogos sobre seu programa nuclear com França, Alemanha e Reino Unido