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Dilma aperta botão de emergência e convoca aliados

Até o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que ficou de fora da campanha de Dilma no primeiro turno, deu o ar da graça

Reunião com diversos governadores, senadores, deputados e lideranças do PT e partidos aliados tenta garantir o sucesso no fim de outubro (.)

Reunião com diversos governadores, senadores, deputados e lideranças do PT e partidos aliados tenta garantir o sucesso no fim de outubro (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Um dia após o primeiro turno das eleições presidenciais, a campanha da candidata petista Dilma Rousseff apertou o botão de emergência e convocou para esta segunda-feira uma reunião com diversos governadores, senadores, deputados e lideranças do PT e partidos aliados.

A assessoria da ex-ministra convocou a imprensa para uma coletiva às 16h30 em um hotel luxuoso de Brasília, mas o que se viu foi um grande salão decorado com paineis de Lula ao lado de Dilma e a chegada de dezenas de políticos em quem os petistas apostam para garantir a vitória em 31 de outubro. Até o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que ficou de fora da campanha de Dilma no primeiro turno, deu o ar da graça. O beija-mão lembrava um ato de campanha.

A coletiva deve acontecer com atraso, após a reunião da ex-ministra com todas essas lideranças. O governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), lamentou o "efeito negativo de 30 dias de muitas críticas contra a campanha".

Para ele, é necessário convocar todos os aliados para garantir o sucesso no fim de outubro. "Vamos unir nossas tropas", declarou. De acordo com o governador, os setores da classe média, intelectuais e profissionais liberais "adotaram uma postura mais conservadora, forçando o segundo turno".

No entanto, Campos acredita que a candidatura de Marina Silva (PV) "é muito mais próxima do PT do que do PSDB" e, portanto, conta com o apoio da verde, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno – com 20% dos votos válidos – para a reta final. "A busca pelo apoio da Marina é importante, mas o mais importante é a busca pelo apoio do eleitor".

Discórdia

Para o senador eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), a perda de votos entre religiosos foi decisiva para que Dilma não vencesse ainda no primeiro turno. Nas últimas semanas, as notícias de que a petista seria contra o aborto causaram repúdio em vários setores evangélicos o que, acredita o senador, prejudicou a petista. Para ele deve haver uma estratégia de campanha para resolver qualquer mal-entendido com os religiosos.

Marco Aurélio Garcia, coordenador do programa de governo da campanha de Dilma, convocou as lideranças dos estados para o segundo turno. “Os estados terão que entrar com a mesma intensidade com que se esforçaram para eleger governadores e deputados. Se não fizéssemos esse evento de hoje, corríamos o risco de desmobilizar a militância”.

O governo conseguiu eleger 14 governadores no primeiro turno – entre petistas e aliados. Já o governador eleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), afirmou que os eleitores achavam que Dilma "estava eleita e fizeram o voto da utopia", em referência a Marina Silva. "Agora eles vão cair na real e votar em Dilma", declarou.

Além deles, chegaram para a reunião o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), a senadora eleita por São Paulo, Marta Suplicy (PT), o governador eleito do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), entre outros ministros, senadores e deputados. O núcleo da campanha, composto por José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo, também marca presença no encontro.

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