Senador Aloizio Mercadante (PT-SP) foi confirmado como ministro de Ciência e Tecnologia (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 22h16.
Brasília - A presidente eleita Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira a nomeação de mais quatro ministros para seu governo. Fernando Pimentel assume o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) será ministro de Ciência e Tecnologia, Nelson Jobim continua na Defesa e o embaixador Antonio Patriota será o novo chanceler.
O economista Fernando Pimentel, amigo pessoal de Dilma e derrotado nas eleições para o governo de Minas Gerais, disse à Reuters que está "muito feliz" com a indicação e adiantou que a saída para o problema do câmbio apreciado, que tem prejudicado os exportadores brasileiros, é a adoção de medidas que melhorem a competitividade do setor produtivo.
"A orientação da presidente é para que eu trabalhe afinado com a equipe econômica para conseguir dar mais competitividade à indústria. Esse problema do câmbio não pode ser resolvido pelo câmbio. Estamos numa guerra cambial mundial. Temos que compensar com medidas que melhorem a produtividade", afirmou.
Mercadante, derrotado nas urnas na disputa pelo governo de São Paulo, foi escolhido para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele assume o posto que foi ocupado durante todo governo Lula por membros do PSB. Também economista, o petista será responsável por uma das áreas consideradas prioritárias pela presidente eleita. Durante a campanha, ela afirmou várias vezes que pretende impulsionar a pesquisa tecnológica no país.
As ações nessa área devem ganhar impulso com os recursos do Fundo Social, que será abastecido com a receita da exploração de petróleo na camada pré-sal.
O novo chanceler, Antonio Patriota, que hoje ocupa a secretaria-geral do Ministério de Relações Exteriores, já foi o titular da embaixada brasileira nos Estados Unidos, e se aproximou de Dilma nos últimos dois anos. Ele a acompanhou durante as visitas em solo norte-americano, e os dois compartilham o mesmo interesse por óperas.
Nelson Jobim, apesar de ser um membro histórico do PMDB, é tido como escolha pessoal de Dilma. Ele chegou à pasta da Defesa no governo Lula em meio ao caos aéreo e conseguiu contornar a crise no setor. O gaúcho também estruturou uma nova política de defesa nacional.
Dilma anunciou também, por meio de nota, Giles Azevedo como futuro chefe de gabinete da Presidência. Ele é um dos assessores mais próximos e antigos da presidente eleita e na Casa Civil foi seu secretário-executivo-adjunto.
Com os anúncios desta quarta, Dilma preencheu 20 dos 37 ministérios existentes na Esplanada.