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Dilma ainda avalia permanência de Palocci no cargo

Na noite de ontem, a presidente discutia com auxiliares a manutenção do ministro no cargo

Dilma comentou que estava aliviada, porque o pronunciamento da procuradoria afasta os questionamentos jurídicos (Agência Brasil)

Dilma comentou que estava aliviada, porque o pronunciamento da procuradoria afasta os questionamentos jurídicos (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 08h21.

São Paulo - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivou ontem pedidos da oposição para que o Ministério Público investigasse criminalmente o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. As representações tinham como base informação veiculada pela imprensa segundo a qual o patrimônio de Palocci teria aumentado pelo menos 20 vezes entre 2006 e 2010. Mas o "nada consta" ainda não significa um atestado de sobrevivência política. Na noite de ontem, a presidente Dilma Rousseff discutia com auxiliares a manutenção do ministro no cargo.

Em nota divulgada à noite, Palocci demonstrou a intenção de permanecer no governo. "Entreguei à Procuradoria-Geral da República todos os documentos relativos à empresa Projeto. Espero que esta decisão recoloque o embate político nos termos da razão", disse o ministro, que alegou ter aumentado seus rendimentos a partir da prestação de consultoria a empresas. Gurgel disse que após analisar as representações, reportagens veiculadas nos últimos dias e as alegações de Palocci decidiu que não há indícios de prática de crime.

A presidente Dilma Rousseff comentou ontem com auxiliares que estava aliviada, porque o pronunciamento da procuradoria afasta os questionamentos jurídicos. Ao mesmo tempo, ela parecia angustiada com o futuro, pois a manutenção do titular da Casa Civil aumentará a impressão de que só faz o que determina o ex-presidente - que foi o padrinho da nomeação de Palocci.

O governo e os petistas estão divididos. Uma ala defende a permanência de Palocci sob o argumento de que, se o mais poderoso ministro sair na primeira crise, outras futuras terão consequências nefastas. Outra ala pensa o contrário: sua saída traz alívio para o governo e melhora o clima na base. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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