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Dieta global está piorando com a globalização, diz estudo

A dieta global se deteriorou substancialmente nas últimas duas décadas, afirmou um especialista, citando um dos maiores estudos sobre hábitos alimentares

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 21h39.

Roma - A dieta global se deteriorou substancialmente nas últimas duas décadas, afirmou um destacado especialista em nutrição nesta segunda-feira, citando um dos maiores estudos disponíveis sobre hábitos alimentares de todo o mundo.

Países pobres na África subsaariana e na Ásia são o cenário do aumento mais acelerado no consumo de alimentos de má qualidade, mas a situação melhorou ligeiramente no oeste europeu e na América do Norte, disse Dariush Mozaffarian, reitor da Escola Friedman de Ciência e Políticas de Nutrição da University Tufts.

Entre 1990 e 2010, países de renda média e baixa testemunharam um crescimento dramático na ingestão de alimentos impróprios, afirmou Mozaffarian, mencionando informações de um estudo que co-escreveu para a edição de março da publicação The Lancet Global Health.

A “globalização” das dietas ocidentais – na qual um pequeno grupo de empresas de alimentos e agricultura tem um poder desproporcional para decidir o que é produzido – é parcialmente responsável pela adoção de uma alimentação de má qualidade, segundo Mozaffarian.

Alimentos processados ricos em açúcares, gordura e amido estão impulsionando o crescimento deste tipo de consumo alimentar.

O estudo analisou 325 pesquisas de dieta, representando quase 90 por cento da população mundial, no que se acredita ser a pesquisa mais abrangente já feita sobre os hábitos alimentares internacionais.

China e Índia registraram alguns dos maiores aumentos no consumo de alimentos de má qualidade, afirma o estudo. Alguns países da América Latina e da Europa tiveram um crescimento na ingestão de alimentos impróprios e também saudáveis.

Entre 1990 e 2014, quase que o mesmo período da pesquisa, o número de pessoas famintas no mundo caiu em 209 milhões, para 805 milhões, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês).

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