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DiCaprio entrega à justiça dos EUA presentes da 1MDB

As doações e presentes, que incluem um Oscar de Marlon Brando, foram recebidos do fundo estatal da Malásia 1MDB, que é investigado por corrupção

Leonardo DiCaprio: o ator começou o processo de devolução dos objetos (Paul Hackett/Reuters/Reuters)

Leonardo DiCaprio: o ator começou o processo de devolução dos objetos (Paul Hackett/Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de junho de 2017 às 21h19.

O ator hollywoodiano Leonardo DiCaprio entregou à justiça americana doações e presentes, incluindo um Oscar de Marlon Brando, recebidos do fundo estatal da Malásia 1MDB, que é investigado por corrupção.

Um porta-voz do ator informou nesta sexta-feira à AFP que após o início, em julho passado, de uma ação civil do governo americano contra pessoas envolvidas na produção do filme "O Lobo de Wall Street", de Martin Scorcese, DiCaprio se comunicou com o Departamento de Justiça "para determinar se algum desses presentes e doações de caridade provinha das partes" investigadas e devolvê-los.

DiCaprio começou o processo de "devolução desses objetos, que foram recebidos e aceitos por ele com a finalidade de incluí-los em um leilão anual de caridade de sua fundação" ambiental.

Seu porta-voz disse que ele tomou essa atitude antes de que fosse apresentado na quinta-feira um novo processo em Los Angeles contra a produtora Red Granite, que financiou o filme.

"Também devolveu um Oscar originalmente recebido por Marlon Brando, que foi entregue ao senhor DiCaprio pela Red Granite em agradecimento por seu trabalho em "O Lobo de Wall Street", que protagonizou, disse o porta-voz.

Picasso e Basquiat

A nova ação da quinta-feira busca confiscar meio milhão de dólares em ativos, adquiridos com dinheiro desviado do fundo estatal, alvo de um grande escândalo internacional.

Entre os bens estão um iate de luxo avaliado em 261 milhões de dólares comprado pelo empresário malaio Jho Low, assim como quadros de Pablo Picasso e Jean-Michel Basquiat, e os royalties de outros dois filmes produzidos pela Red Granite, que foi cofundada pelo enteado do primeiro-ministro da Malásia, Riza Aziz.

A Red Granite disse em um comunicado que estava "cooperando" com a justiça.

Em julho de 2016, as autoridades americanas lançaram uma primeira operação para recuperar um bilhão de dólares em ativos, incluindo aviões privados, apartamentos de luxo, e os royalties do filme de Scorcese, que foi indicado ao Oscar.

Os ativos foram adquiridos como parte de uma suposta operação internacional de lavagem de dinheiro de bilhões de dólares desviados do 1Malaysia Development Berhad (1MDB), um fundo público criado em 2009 para modernizar o país.

O fundo agora possui dívidas estimadas em 10 bilhões de euros. O governo da Malásia nega qualquer irregularidade.

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