Agência de notícias
Publicado em 11 de abril de 2025 às 13h46.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira, 11, um telefonema da primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen. Durante a conversa, segundo o brasileiro, entre os assuntos abordados esteve a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anexar o território da Groelândia.
“Expressei o apoio e a solidariedade do Brasil na questão da Groenlândia. Concordamos com a importância da defesa dos princípios do multilateralismo, especialmente no que diz respeito ao livre comércio", postou Lula, nas redes sociais. A Groelândia é um território que pertence à Dinamarca.
O presidente brasileiro também disse ter reforçado “o convite para que a primeira-ministra visite o Brasil no segundo semestre, tanto para participar da COP-30 quanto da Cúpula Brasil-União Europeia, cuja data ainda será definida”.
“Estamos determinados a trabalhar juntos pela finalização do acordo Mercosul-União Europeia, sobretudo tendo em vista que o Brasil estará na presidência do Mercosul no segundo semestre e a Dinamarca na presidência rotativa do Conselho da União Europeia", disse o brasileiro.
Por fim, Lula disse ter conversado com a dinamarquesa “sobre o contexto geopolítico atual e indiquei a disposição do Brasil e da China em contribuir para o fim do conflito na Ucrânia por meio do Grupo de Amigos da Paz”.
O antigo objetivo do presidente dos EUA de anexar a Groenlândia mudou de uma simples retórica a uma política de governo, com a Casa Branca avançando com um plano formal para adquirir a ilha, que faz parte da Dinamarca.
O plano mobiliza vários departamentos para dar forma aos discursos de Trump sobre o território, cujos valores econômico e estratégico aumentaram conforme o aquecimento do planeta tem derretido o gelo do Ártico.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca se reuniu várias vezes para transformar as palavras de Trump em ações, e recentemente emitiu instruções a vários braços do governo, de acordo com fontes internas. Os detalhes do plano ainda não estão claros, mas apesar das alusões sobre um possível uso da força, as deliberações jamais consideraram seriamente a opção militar, disse um dos funcionários do governo.
No mês passado, Trump publicou um vídeo de 90 segundos em suas redes sociais celebrando “o sangue e a bravura” das tropas americanas, que assumiram posições na ilha durante a Segunda Guerra Mundial, para evitar uma possível invasão alemã após a conquista da Dinamarca.