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Diálogo flexibiliza greve no maior porto agroexportador da Argentina

"Fantasma" da paralisação que vinha se formando em San Lorenzo fez o preço da soja disparar no mercado internacional

Representantes dos sindicatos portuários de San Lorenzo: piquetes foram suspensos (AFP)

Representantes dos sindicatos portuários de San Lorenzo: piquetes foram suspensos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 09h52.

Rosario, Argentina - As atividades em San Lorenzo, o maior porto agroexportador da Argentina, voltaram a se normalizar, com o início de um diálogo que afastou, por ora, o fantasma de uma greve sindical que fez disparar o preço da soja no mercado internacional.

"Entrou-se na fase da negociação", confirmou à AFP uma fonte ministerial depois que a presidente presidente Cristina Kirchner pediu a seus aliados da central operária Confederação Geral do Trabalho (CGT) que priorizasse o diálogo.

"Os piquetes foram suspensos. Houve uma conciliação obrigatória ditada pelo governo", informou ainda uma fonte sindical referindo-se a uma medida de força que paralisou durante oito dias os embarques.

Os funcionários do setor reclamam das empresas um forte aumento de salário, que eleve o mínimo a 5.000 pesos (1.250 dólares).

As perdas causadas pela paralisação totalizaram 8 milhões de dólares, segundo a vice-diretora da bolsa de Rosário, Patricia Bergero.

Os preços do milho e da soja alcançaram na quarta-feira seus níveis mais altos desde julho de 2008 no mercado de referência de Chicago, em função da greve portuária.

A Argentina é o primeiro exportador mundial de azeite de soja (70% com destino à China), o terceiro em grão de soja, o segundo em milho e quarto em trigo.

Os negócios projetados para 2011 são de quase 25 bilhões de dólares, que representarão mais de um terço das vendas externas argentinas.

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