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Dezenas de detidos após incêndio de KFC em manifestação pró-Palestina no Paquistão

A manifestação reuniu 400 manifestantes, que entraram em confronto com as forças de segurança, afirmou à AFP o comandante da polícia de Mirpur, Kamran Mughal

Restaurante da rede KFC que incendiado por manifestantes pró-Pastina em Mirpur, Paquistão (AFP)

Restaurante da rede KFC que incendiado por manifestantes pró-Pastina em Mirpur, Paquistão (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 30 de março de 2024 às 15h41.

Mais de 50 pessoas foram detidas no Paquistão depois que um grupo que participava em uma manifestação pró-Palestina incendiou um restaurante da rede de 'fast food' americana KFC, informou a polícia neste sábado.

O incidente aconteceu na sexta-feira à noite na cidade de Mirpur, na região da Caxemira administrada pelo Paquistão, após um protesto convocado para depois da oração noturna do Ramadã.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram um grupo de homens gritando frases contra Israel e exibindo uma faixa com a frase "Palestina Livre".

A manifestação reuniu 400 manifestantes, que entraram em confronto com as forças de segurança, afirmou à AFP o comandante da polícia de Mirpur, Kamran Mughal.

"Nós afirmamos que só poderiam protestar em uma área designada. Mas o número de pessoas começou a aumentar e eles seguiram para o KFC", disse Mughal.

A multidão incendiou o restaurante, mas o local não ficou totalmente destruído.

A maioria dos manifestantes não pertence a nenhum grupo, mas segundo a polícia os distúrbios contaram com a presença de integrantes do grupo islamista 'Tehreek-e-Labbaik Pakistan' (TLP), um movimento radical envolvido em uma onda de protestos violentos contra a França em 2020 e 2021 devido a uma polêmica sobre as caricaturas do profeta Maomé.

Os partidos islamistas do Paquistão convocaram um boicote aos produtos israelenses e criticaram os Estados Unidos e outras potências ocidentais por seu apoio a Israel na guerra contra o movimento palestino Hamas em Gaza.

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