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Dez desaparecidos após colisão de destróier dos EUA em Cingapura

Destróier "USS John S. McCain" chegou nesta segunda-feira à tarde a Cingapura com um grande buraco em seu casco após o acidente

Destróier "USS John S. McCain" chegou nesta segunda-feira à tarde a Cingapura com um grande buraco em seu casco após o acidente (Ahmad Masood/Reuters)

Destróier "USS John S. McCain" chegou nesta segunda-feira à tarde a Cingapura com um grande buraco em seu casco após o acidente (Ahmad Masood/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 09h33.

Dez marinheiros americanos estão desaparecidos e cinco ficaram feridos após a colisão, nesta segunda-feira, entre um destróier americano e um petroleiro ao leste de Cingapura, no segundo acidente em dois meses com um navio de guerra dos Estados Unidos.

O destróier "USS John S. McCain", equipado com mísseis teleguiados, chegou nesta segunda-feira à tarde a Cingapura com um grande buraco em seu casco após o acidente, que aconteceu durante a madrugada, informou a Marinha americana.

Uma grande operação de busca e resgate dos 10 marinheiros desaparecidos teve início, com a participação de navios e aviões de três países, depois que o destróier colidiu com o petroleiro de bandeira liberiana "Alnic MC" perto do estreito de Malaca.

O petroleiro é um navio-tanque de mais de 30.000 toneladas usado para transportar petróleo ou produtos químicos, de acordo com o site especializado Marine Traffic

O destróier sofreu "danos significativos no casco que provocaram a inundação dos compartimentos próximos, incluindo beliches da tripulação, salas de máquinas e de comunicações", informou a Marinha americana em um comunicado.

"Os esforços da tripulação para conter os danos evitaram uma entrada de água maior", completa a nota.

Um helicóptero transportou quatro feridos para um hospital de Cingapura, mas nenhum deles corre perigo. O quinto ferido recebeu atendimento médico na embarcação.

O destróier de 154 metros de comprimento colidiu às 5H24 locais (18H24 de Brasília, domingo) com um petroleiro um pouco maior (182 metros) quando seguia em direção a Cingapura para uma parada de rotina. A embarcação prosseguiu a navegação por seus próprios meios.

O "USS John S. McCain" chegou ao porto escoltado por outras duas embarcações.

Segunda colisão em dois meses

"É lamentável", declarou o presidente americano Donald Trump em uma primeira reação aos jornalistas que o questionaram sobre o acidente em seu retorno a Casa Branca após as férias.

"Pensamentos e orações para nossos marinheiros a bordo do 'John S. McCain', onde acontecem tarefas de resgate", escrevem em seguida no Twitter.

Esta é a segunda colisão acidental sofrida por um navio da Marinha dos Estados Unidos nos últimos dois meses

Em 17 de junho sete marinheiros morreram no choque entre o destróier USS Fitzgerald e um cargueiro filipino na costa do Japão.

Os corpos dos marinheiros, com idades entre 19 e 37 anos, foram encontrados por mergulhadores um dia depois da colisão.

Uma investigação tenta determinar as causas do acidente.

Assim como o Fitzgerald, o USS John S. McCain integra a Sétima Frota dos Estados Unidos, com base em Yokosuka, Jaão.

Este mês, o John S. McCain havia protagonizado um incidente com a China, ao navegar a apenas seis milhas náuticas (11,1 km) do recife Mischief no Mar da China Meridional, construído artificialmente por Pequim.

A manobra, realizada segundo o governo dos Estados Unidos como um exercício de liberdade de navegação, gerou um protesto formal e público de Pequim.

Na ocasião, o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, afirmou que as manobras do USS John S. McCain haviam violado as leis nacionais e internacionais, afetando "seriamente" a soberania e segurança do país. O recife é parte das ilhas Spratly, cuja soberania é disputada pela China e os países vizinhos.

O nome do destróier é uma homenagem ao pai e ao avô do senador John McCain, ambos ex-almirantes da Marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial.

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