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'Devemos lutar pela jornada de seis horas', disse o ex-presidente José Mujica

“Chegará, e virá pelos motivos mais lúcidos. Porque é preciso distribuir, porque os robôs não vão ao supermercado comprar”, disse

Mujica: o ex-presidente diz que a jornada de trabalho de seis horas virá (Roberto Serra/Iguana Press / Stringer/Getty Images)

Mujica: o ex-presidente diz que a jornada de trabalho de seis horas virá (Roberto Serra/Iguana Press / Stringer/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 1 de maio de 2023 às 18h43.

Última atualização em 1 de maio de 2023 às 19h28.

O ex-presidente do Uruguai, José Mujica disse nesta segunda-feira, durante o ato de 1º de maio, que “devemos lutar pela jornada de seis horas” e que “ela virá”. Enquanto isso, no ato pelo Dia Internacional do Trabalhador, o presidente da Pit-Cnt, Marcelo Abdala, afirmou que a central sindical está empenhada em “reduzir a jornada de trabalho sem perda de salário, como bandeira do movimento sindical”.

Em entrevista coletiva após a fala de Abdala, Mujica foi questionado sobre essa possibilidade. “Canta-se que virá, não sei quando, [o ex-deputado colorado] Domingo Arena já o anunciara em 1914. Chegará, e virá pelos motivos mais lúcidos. Porque é preciso distribuir, porque os robôs não vão ao supermercado comprar”, disse o ex-presidente.

A contradição presente

“Sabe onde está a contradição? Que a pressão da sociedade de consumo é tão grande, que se nos dão seis horas de trabalho, então vamos arrumar dois empregos e trabalhar mais do que antes. Nós mesmos pisamos no calo”, disse. Nesse sentido, frisou que “é preciso lutar por uma jornada de seis horas, mas um (só) trabalho”.

Questionado se concorda com a afirmação de Abdala, que garantiu em seu discurso que o governo instala um modelo de desigualdade na sociedade, Mujica respondeu com "claro". “Existe uma convicção teórica de que se os que mandam na grande economia vão bem, vão espalhar a prosperidade, e isso não se cumpre se o Estado não clicar”, disse o ex-presidente.

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