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Detidos na Turquia líderes do principal partido pró-curdos

O HDP, o terceiro maior partido no Parlamento turco, é acusado por Erdogan de estar relacionado com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK)

Prisões: os líderes do principal partido pró-curdos da Turquia - o Partido Democrático do Povo (HDP) - foram detidos na madrugada (Umit Bektas/Reuters)

Prisões: os líderes do principal partido pró-curdos da Turquia - o Partido Democrático do Povo (HDP) - foram detidos na madrugada (Umit Bektas/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 08h53.

Os líderes do principal partido pró-curdos da Turquia - o Partido Democrático do Povo (HDP) - foram detidos na madrugada desta quinta-feira, informou a agência oficial Anatólia.

Selahattin Demirtas e Figen Yüksekdag foram detidos como parte de uma investigação "antiterrorista", segundo a agência de notícias.

O HDP, o terceiro maior partido no Parlamento turco, é acusado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan de estar relacionado com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização considerada "terrorista" pelo governo.

"Os policiais estão na porta da minha casa em Diyarbakir com uma ordem de prisão", escreveu Demirtas no Twitter pouco antes de sua prisão nesta cidade do sudeste do país.

Figen Yuksekdag, que preside o HDP ao lado de Demirtas, foi detida em Ancara.

Segundo as redes de televisão NTV e CNN-Türk, outros sete deputados do HDP foram detidos e vários são procurados pela polícia.

Demirtas e Yüksekdag - também deputados - estão sendo investigados por suas supostas ligações com o PKK.

Em maio passado, o Parlamento turco suspendeu a imunidade dos deputados, em uma medida muito criticada porque visa principalmente os líderes do HDP.

Em 2015, o PKK - considerado por Turquia e seus aliados ocidentais como um grupo terrorista - e o Exército turco romperam uma frágil trégua e retomaram os confrontos de um conflito que já deixou mais de 40 mil mortos desde 1984.

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