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Detenção de brasileiro foi legal, dizem autoridades

Britânicos disseram que uso da lei para deter companheiro de jornalista que denunciou os programas de vigilância britânicos e dos EUA foi "legal e processual"

David Miranda: companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, foi interrogado durante nove horas no domingo no aeroporto de Heathrow (Ricardo Moraes/Reuters)

David Miranda: companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, foi interrogado durante nove horas no domingo no aeroporto de Heathrow (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 08h26.

Londres - Autoridades britânicas disseram nesta terça-feira que o uso da lei antiterrorismo para deter o companheiro brasileiro de um jornalista que denunciou os programas de vigilância britânicos e dos EUA com base em vazamentos de Edward Snowden foi "legal e processual".

O brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, foi interrogado durante nove horas no domingo no aeroporto de Heathrow, em Londres, antes de ser liberado sem acusações. O incidente despertou cobranças por explicação de por que os poderes antiterrorismo foram usados para detê-lo.

O Serviço de Polícia Metropolitana britânico (MPS, na sigla em inglês) disse em um comunicado que a investigação do homem de 28 anos era "necessária e proporcional", e que ele teve a oferta de um representante legal e foi assistido por um advogado.

"Não foi recebida nenhuma reclamação pelos MPS até o momento", disse o comunicado.

Miranda foi detido sob o Artigo 7º da Lei Antiterrorismo de 2000, que permite à polícia deter e interrogar pessoas que viajam através dos portos e aeroportos para determinar se elas estão envolvidos no planejamento de atos terroristas.

O MPS disse que há salvaguardas para garantir que os poderes previstos no Artigo 7º sejam usados "de forma adequada e proporcional".

O jornal Guardian, que publica reportagens escritas por Greenwald, disse nesta segunda-feira que estava "consternado" com a detenção de Miranda e que cobraria as autoridades britânicas por esclarecimentos.

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