Pete Hegseth, secretário de Defesa dos EUA (Chip Somodevilla/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 26 de março de 2025 às 11h24.
A revista The Atlantic divulgou, nesta quarta-feira, 26, novos trechos de conversas realizadas em um grupo no aplicativo Signal em que autoridades do governo debateram ações de guerra, no qual um jornalista foi incluído de forma incorreta.
Nas novas mensagens divulgadas, líderes do governo Trump detalham planos de ação para ataques a rebeldes houthis, no Iêmen. As conversas revelam tipos de aviões que seriam usados nos ataques, bem como os horários em que eles seriam feitos.
O grupo incluiu o vice-presidente, JD Vance, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e outras autoridades de segurança nacional. Um jornalista da Atlantic foi incluído nele por engano.
Em uma das conversas, o secretário Hegseth avisou que um ataque seria feito contra um alvo no Iêmen, 31 minutos antes de a ação começar de fato. Caso a informação chegasse aos houthis, eles poderiam fugir ou preparar uma estratégia defensiva, que poderia inclusive abater os aviões que fizeram os ataques. Ao menos 53 pessoas morreram nas ações, segundo autoridades do Iêmen.
Nos últimos dias, autoridades do governo Trump buscaram minimizar o vazamento das informações e disseram que não haviam sido discutidas informações sensíveis na conversa. As novas revelações da revista contradizem isso.
"Não eram informações classificadas", disse Trump, na terça, em conversa com jornalistas.
Autoridades de segurança dos EUA estão sendo ouvidas em audiências no Congresso para explicar o vazamento das informações, no que está se tornando uma das maiores crises do início do governo Trump.