Mundo

Desvios no Ministério do Turismo chegam a R$ 115 mi

Dinheiro saiu para a realização de eventos a partir de emendas parlamentares

O ministro do Turismo, Luiz Barreto: pasta já cobra devolução do dinheiro (AGÊNCIA BRASIL)

O ministro do Turismo, Luiz Barreto: pasta já cobra devolução do dinheiro (AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 08h45.

Brasília - Pelo menos R$ 115 milhões de dinheiro público liberado pelo governo para a realização de eventos a partir de emendas parlamentares foram desviados, indica análise preliminar de prestação de contas de convênios feita pelo Ministério do Turismo, responsável pelo repasse. A devolução do dinheiro já é cobrada pela pasta.

O valor do desvio, apurado por levantamento a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, corresponde a 16% dos gastos autorizados para a realização de eventos que deveriam estimular o “fluxo turístico” no País, entre 2004 e 2009. A promoção de eventos atraiu a atenção crescente de emendas parlamentares nesse período e, segundo reportagens, estimulou a proliferação de entidades fantasmas para desviar verbas da União.

A análise do Ministério do Turismo está limitada, por ora, a 3.300 prestações de contas avaliadas neste ano, as quais passarão por uma segunda análise, em decorrência das novas denúncias. Parte do dinheiro repassado não teve a aplicação devidamente justificada e seu uso foi classificado de “indevido”. Segundo o ministério, dos R$ 115 milhões desviados, R$ 47,2 já foram devolvidos e quase R$ 68 milhões ainda passam por processo de cobrança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaTurismoDados de BrasilCorrupçãoEscândalosFraudes

Mais de Mundo

Irã aceitaria controle em suas instalações nucleares por suspensão das sanções, diz jornal

Um terço dos municípios noruegueses começa a votar na véspera das eleições legislativas

País que mais cresce no mundo, Guiana confirma reeleição de Irfaan Ali como presidente

Às vésperas da Assembleia da ONU, visto brasileiro pode virar alvo de mais restrições dos EUA