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Destróier dos EUA desafia reivindicação chinesa ao Mar do Sul

Operação ocorre no momento em que o governo Trump busca a cooperação da China para lidar com os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte

USS John S. McCain navegou perto do Recife Mischief, das Ilhas Spratly, em meio a uma série de ilhotas, recifes e bancos de areia (U.S. Navy/Reuters)

USS John S. McCain navegou perto do Recife Mischief, das Ilhas Spratly, em meio a uma série de ilhotas, recifes e bancos de areia (U.S. Navy/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 12h49.

Washington - Um destróier da Marinha dos Estados Unidos realizou uma "operação de liberdade de navegação" nesta quinta-feira, ficando a 12 milhas náuticas de uma ilha artificial construída pelos chineses no Mar do Sul da China, disseram autoridades dos EUA à Reuters.

A operação ocorreu no momento em que o governo do presidente Donald Trump busca a cooperação da China para lidar com os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte e pode complicar os esforços para se chegar a uma postura comum.

As autoridades, que falaram sob condição de anonimato, disseram que o USS John S. McCain navegou perto do Recife Mischief, das Ilhas Spratly, em meio a uma série de ilhotas, recifes e bancos de areia. A China disputa a área com os vizinhos Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã.

Foi a terceira "operação de liberdade de navegação" conduzida durante a Presidência de Trump. Nem o Ministério da Defesa nem o Ministério das Relações Exteriores chineses responderam de imediato a um pedido de comentário.

A operação foi a tentativa mais recente de Washington de se contrapor ao que vê como esforços de Pequim para limitar a liberdade de navegação nas águas estratégicas na ocasião em que Trump corteja a ajuda chinesa para conter os norte-coreanos.

As tensões aumentaram recentemente porque a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dois testes de míssil balístico intercontinental no mês passado, dando ensejo a uma rodada de sanções duras da Organização das Nações Unidas (ONU) que revoltaram Pyongyang, que ameaçou dar aos EUA uma "lição severa".

Trump, por sua vez, respondeu alertando que a Coreia do Norte enfrentará "fogo e fúria" se ameaçar mais seu país.

O secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, emitiu um alerta ríspido aos norte-coreanos na quarta-feira, dizendo a Pyongyang que deve frear qualquer ação que possa levar ao "fim de seu regime e à destruição de seu povo".

Os EUA criticaram a China pela construção de ilhas e pelo aumento de instalações militares no mar, temendo que elas possam ser usadas para restringir a movimentação náutica livre.

Os militares norte-americanos argumentam há tempos que suas operações são realizadas em todo o mundo, inclusive em áreas reivindicadas por aliados, e que estas não têm relação com considerações políticas.

O governo Trump prometeu realizar operações mais robustas no Mar do Sul da China.

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