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Desnuclearização norte-coreana provavelmente não irá acontecer, diz Coats

Diretor da Inteligência Nacional dos EUA disse que Kim fez um compromisso de se desnuclearizar e que ele e outras autoridades seniores reafirmam isso

Não houve sinais de ações concretas de Pyongyang em direção à desnuclearização desde que Trump e Kim Jong Un realizaram uma cúpula em Cingapura (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)

Não houve sinais de ações concretas de Pyongyang em direção à desnuclearização desde que Trump e Kim Jong Un realizaram uma cúpula em Cingapura (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de julho de 2018 às 22h20.

Última atualização em 19 de julho de 2018 às 22h21.

O diretor da Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Dan Coats, disse nesta quinta-feira (19) que é tecnicamente possível que a Coreia do Norte elimine seu programa de armas nucleares dentro de um ano, mas acrescentou que isto provavelmente não irá acontecer.

Perguntado no Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado, sobre a afirmação do assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, de que a Coreia do Norte pode se desnuclearizar em um ano, Coats disse: "É tecnicamente possível, mas provavelmente não irá acontecer".

"É um processo muito mais complicado do que a maioria das pessoas pensa", disse Coats ao fórum. Ele acrescentou que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, havia "dito claramente que isto é difícil, que isto irá demorar um tempo" e havia projetado um "período de tempo mais longo".

Não houve sinais de ações concretas de Pyongyang em direção à desnuclearização desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, realizaram uma cúpula em Cingapura em 12 de junho. Pompeo visitou Pyongyang no início de julho e os dois lados sofrem para avançar na questão da desnuclearização.

Trump disse a repórteres na terça-feira que não há "nenhuma pressa" e "nenhum limite de tempo" em negociações de desnuclearização com a Coreia do Norte.

Coats disse nesta quinta-feira que Kim havia feito um compromisso de se desnuclearizar e que ele e outras autoridades seniores continuaram a reafirmar este compromisso.

"Eu não acho que deveríamos seguir em frente com a suposição de que tudo isso vai funcionar", disse Coats. "Mas tendo a oportunidade de tentar ter sucesso aqui, ao invés de possivelmente ir à guerra com uma nação possivelmente armada nuclearmente e com o que avaliamos ser um líder um tanto instável, por que não dar uma chance?".

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