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Desmatamento cai drasticamente na Amazônia, diz Financial Times

Jornal britânico salienta que, apesar dos números positivos em vários países, o problema ainda é grave

Desmatamento caiu 22%, em média, no mundo inteiro (.)

Desmatamento caiu 22%, em média, no mundo inteiro (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - A redução entre 50% e 75% no desmatamento ilegal na Amazônia na última década é apontada como um exemplo de sucesso pelo jornal britânico Financial Times. A matéria, publicada em sua versão online nesta quinta-feira (15), diz que a exploração caiu, em média, 22% em todo o mundo, segundo um relatório do "think tank" (centro de estudos) Chatham House.

Além do Brasil, a reportagem cita uma redução expressiva de 75% na Indonésia e de 50% em Camarões no período. "Até um bilhão de pobres no mundo dependem das florestas, e as reduções na extração ilegal de madeira estão ajudando a proteger seus meios de subsistência", disse Sam Lawson, autora do relatório.

O texto diz que, na última década, uma área de aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta - maior do que Inglaterra e País de Gales juntos - foi salva pelo combate à produção ilegal de madeira. "Se tais esforços continuassem, o mundo poderia impedir a emissão de cerca de 14,6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera."

O Financial Times diz que o desmatamento é uma das maiores fontes de emissões de gases do efeito estufa, e os governos ao redor do mundo vêm tentando há anos criar um mecanismo pelo qual as nações pobres que têm florestas possam ser subsidiadas pelos países ricos para manter suas árvores em pé, já que esta seria uma das maneiras mais baratas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O relatório estudou Brasil, Indonésia, Camarões, Malásia e Gana, e analisou a entrada de madeira nos mercados em cinco países consumidores - União Europeia, Japão, Reino Unido, França e Holanda - e nas fábricas de processamento em dois países - China e Vietnã. "O relatório deixou claro que, apesar da diminuição da extração ilegal de madeira, o problema continua grave", afirma o jornal britânico.

O levantamento mostra que, em 2008, as empresas da União Europeia, do Japão, do Reino Unido, da França e da Holanda compraram 17 milhões de metros cúbicos de madeira ilegal e produtos de madeira, no valor de cerca de US$ 8,4 bilhões.

"A maior parte desse aumento veio em forma de produtos transformados tais como madeira e móveis, principalmente da China. Se colocada lado a lado, a madeira ilegal daria mais de 10 voltas no mundo", disse Larry MacFaul, co-autor do relatório.

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