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Desemprego urbano na América Latina caiu para 7,4% em 2010

Apesar da queda do índice, OIT pediu atenção aos governos da região para combater a alta de empregos informais

Segundo a OIT, existem 16,9 milhões de desempregados na região (Drawlio Joca/EXAME)

Segundo a OIT, existem 16,9 milhões de desempregados na região (Drawlio Joca/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 16h15.

Lima - A reativação da economia na América Latina e no Caribe teve um impacto favorável na criação de empregos, razão pela qual o desemprego urbano diminuiu de 8,1% em 2009 para 7,4% em 2010, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), difundido esta quarta-feira em Lima.

Isto significa uma criação de 1,2 milhão de postos de trabalho, que deixou em 16,9 milhões o número de desempregados na região.

O ano passado terminou com "um panorama animador de recuperação econômica na América Latina e no Caribe. Quase todos os países mostraram um crescimento positivo de suas economias, distanciando-se do fantasma da recessão", disse durante entrevista coletiva, em Lima, Jean Maninat, diretor-regional da OIT.

Maninat destacou que em 2011 está previsto que as economias latino-americanas e caribenhas "seguirão o caminho do crescimento, embora em um menor ritmo do vivido em 2010".

"Isto obriga os países a continuarem impulsionando, segundo suas possibilidades, as políticas de estímulo ao crescimento e ao emprego, junto a medidas para manter orçamentos fiscais sustentados e uma inflação baixa", reforçou.

O relatório regional ressalta que a redução do desemprego favoreceu por igual homens e mulheres no conjunto da região. No entanto, adverte que as mulheres continuam enfrentando "brechas de gênero" com taxas de participação e ocupação mais baixas que as dos homens.

Além disso, ressalta que o aumento do emprego assalariado foi "insuficiente" para ocupar a crescente força de trabalho, o que faz com que se mantenha "crescimento" do trabalho informal.

Segundo o escritório regional da OIT, a melhora da situação de emprego em países como Colômbia, Equador, México, Peru e Panamá não impediram que o setor informal crescesse a um ritmo maior.

"Estes países enfrentaram um fenômeno dual. Por um lado, aumentou o emprego protegido nas empresas formais (em 4,6%), mas em contrapartida, também aumentou a ocupação no setor informal a um ritmo maior (em 7,2%)", destacou o documento.

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