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Desemprego nos EUA fica em 8,8%, o nível mais baixo em 2 anos

Governo comemorou a criação de 216 mil novas vagas em março, quarto mês consecutivo com queda do desemprego

Agência de emprego: índice de desemprego nos EUA caiu (Mark Ralston/AFP)

Agência de emprego: índice de desemprego nos EUA caiu (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 14h18.

Washington - A economia dos Estados Unidos acrescentou em março mais empregos que o esperado e o índice de desemprego cedeu em um décimo para 8,8%, o nível mais baixo nos últimos dois anos, informou nesta sexta-feira o Departamento de Trabalho.

Um ano e meio depois que terminasse a pior recessão em quase oito décadas, a reativação econômica chegou ao mercado de trabalho e no mês passado os EUA registraram um lucro líquido (postos de trabalho criados menos os perdidos) de 216 mil empregos.

Isso representa a quarta queda mensal consecutiva do índice de desemprego.

A secretária de Trabalho, Hilda Solís, disse que "o mercado de trabalho do país melhorou notavelmente durante março", e acrescentou que nos últimos quatro meses "a taxa de desemprego caiu todo um ponto percentual, a maior diminuição desde 1984".

Durante 13 meses consecutivos cresceu o emprego no setor privado, que desde fevereiro de 2010 criou 1,8 milhão de postos de trabalho.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, afirmou: "A notícia que o desemprego caiu a seu nível mais baixo em dois anos e que acrescentamos 216 mil postos de trabalhos - marcando o período de criação de empregos mais longo em muitos anos - demonstra mais uma vez que nossa economia continua se recuperando".

A maioria dos analistas tinha calculado um lucro líquido de cerca de 200 mil postos de trabalho, o que teria deixado a taxa de desemprego em 8,9%, o mesmo nível que em fevereiro.

Segundo os dados do Governo, o contingente de desempregados diminuiu em março em 131 mil e ficou em cerca de 13,5 milhões de pessoas. Este número também inclui as pessoas que deixaram de procurar trabalho.

O número de empregos aumentou em 291 mil e chegou a 139,9 milhões de pessoas.

Outro dado encorajador no relatório foi o lucro líquido de 230 mil postos de trabalho no setor privado, muito acima dos 206 mil esperados pelos analistas.

Em fevereiro, o setor privado acrescentou 240 mil empregos e as altas combinadas foram as maiores em dois meses consecutivos desde fevereiro e março de 2006.

O relatório entusiasmou os mercados onde os preços das ações aumentaram, o dólar subiu e os bônus do Tesouro caíram.

Visto do lado dos trabalhadores uma das poucas coisas boas que contém o relatório é que há mais empregos. As remunerações por outro lado continuam estagnadas em uma média de US$ 22,87 por hora.

Em um ano as remunerações médias dos trabalhadores subiram 1,7% enquanto o índice de preços de consumidor subiu 2,2%.

Além disso, o relatório mostrou que no mês passado 45,5% dos cerca de 6,1 milhões de trabalhadores sem emprego nos Estados Unidos tinha permanecido desempregados mais de seis meses.

O chamado índice de desemprego, que inclui as pessoas que têm um emprego de tempo parcial mas quiseram ter um de tempo completo e aquelas que quiseram empregar-se mas abandonaram a procura, caiu de 15,9% para 15,7%.

O emprego no funcionalismo diminuiu em 14 mil postos de trabalho, e o setor fabril aumentou 17 mil empregos em março.

No setor de serviços houve em março um lucro líquido de 185 mil postos de trabalho, a maior desde maio de 2010, enquanto que o emprego na construção diminuiu em mil postos.

O Governo informou na semana passada que o ritmo de crescimento da atividade econômica marcou 3,1% anual no último trimestre de 2010 e no mesmo período a despesa dos consumidores, que nos EUA equivale a mais de dois terços do Produto Interno Bruto, teve seu aumento mais acelerado em quatro anos.

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