Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, em Guayaquil em 22 de abril: segundo ele, o problema será "superado nas próximas semanas" (César Pasaca/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2013 às 09h57.
Brasília – O desabastecimento de alguns produtos alimentícios na Venezuela foi justificado pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, como momentâneo e conjuntural. O chanceler atribuiu parte da origem dos problemas à insegurança causada pela morte do então presidente venezuelano Hugo Chávez, em março. Segundo ele, o desabastecimento será “superado nas próximas semanas”.
Desde o começo do ano, há relatos de desabastecimento de uma série de produtos básicos no país. Os venezuelanos se queixam da falta de farinha de milho, base da alimentação, farinha de trigo, frango, leite em pó, açúcar e papel higiênico. Em maio, o governo aprovou medidas de incentivo aos produtores.
“Nosso problema é conjuntural”, disse Jaua. “É uma consequência do antes e depois da morte do presidente Hugo Chávez, um líder fundamental, com um peso enorme. A raiz da sua morte provocou uma situação de expectativa em todos os atores econômicos. Todo mundo pôs o pé no freio nos investimentos e decisões.”
O chanceler reiterou que o presidente Nicolás Maduro é “hoje a garantia do chavismo”. Ele lembrou que, recentemente, esteve com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em Antigua, na Guatemala, durante a 43ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), e que em breve autoridades dos dois países se reunirão novamente.
De acordo com Jaua, a Venezuela se dispõe a normalizar e manter relações com os Estados Unidos com base no respeito mútuo e na não ingerência. “Iniciaremos um processo de normalização de relações com base no que dissemos: estamos de acordo em ter boas relações, baseadas no respeito mútuo e na não ingerência de assuntos internos", ressaltou.