Hong Kong: renúncias deixam a legislatura da cidade com maioria pró-Pequim (Roy Liu/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de novembro de 2020 às 09h42.
Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 10h37.
Parlamentares de oposição de Hong Kong anunciaram renúncia nesta quarta-feira (11) após a demissão de quatro legisladores pró-democracia, em meio ao cerco do governo chinês a dissidentes do território semiautônomo. Autoridades Hong Kong informaram que os parlamentares eleitos democraticamente foram desqualificados, anunciando a mudança poucos minutos depois que o legislativo da China aprovou uma resolução que autorizava as autoridades locais a destituir políticos dissidentes sem passar pelos tribunais.
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"Cedo ou tarde, todos seríamos desqualificados", disse Wu Chi-wai, líder do grupo pró-democracia, que confirmou separadamente a intenção dos outros 15 legisladores de renunciar na quinta-feira. "Hoje começa um novo jogo sobre como a batalha pela democracia será travada em Hong Kong", afirmou.
As renúncias deixam a legislatura da cidade, em sua maioria pró-Pequim, como efetivamente um carimbo para políticas e leis governamentais. A medida ameaça derrubar décadas da difícil política legislativa de Hong Kong - onde a oposição às vezes atrasou, emendou e até frustrou a legislação governamental.
Os demais legisladores da oposição, no entanto, têm sido firmes na Câmara e enfrentaram críticas das autoridades por usarem táticas para atrasar as legislações. Vários foram recentemente presos pela polícia por causa de uma briga no Parlamento.