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Deputados do Japão aprovam projeto que fortalece o Exército

O intuito do primeiro-ministro, Shinzo Abe, é reforçar o papel dos militares para combater o avanço da presença da China na região


	O Japão aprovou um pacote de reformas polêmico para fortalecer e permitir que o Exército possa atuar fora do país
 (Koichi Kamoshida/Getty Images)

O Japão aprovou um pacote de reformas polêmico para fortalecer e permitir que o Exército possa atuar fora do país (Koichi Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 11h29.

Tóquio - A Câmara dos Representantes do Japão aprovou nesta quinta-feira um pacote de reformas polêmico para fortalecer e permitir que o Exército possa atuar fora do país, o que invalidaria a Constituição aprovada após o término da Segunda Guerra Mundial.

O intuito do primeiro-ministro, Shinzo Abe, é reforçar o papel dos militares para combater o avanço da presença da China na região e contribuir mais para a manutenção dos esforços da paz internacional.

Em uma votação com forte rejeição da oposição e em meio a protestos da população que tem se intensificado, os deputados do Partido Liberal Democrata (PLD) do primeiro-ministro e os aliados da coalizão do governo conseguiram aprovar lei que propõe as mudanças.

Agora, o projeto será enviado à Câmara dos Conselheiros, a câmara alta do parlamento japonês, para uma votação de no máximo em 60 dias.

Parlamentares da oposição saíram depois que seus líderes partidários fizeram discursos finais contra as reformas. Apenas os membros do Partido da Restauração do Japão votaram contra a proposta e contra a legislação do partido no poder.

A legislação foi elaborada depois que o gabinete do primeiro-ministro no ano passado adotou uma nova interpretação da Constituição pacifista do Japão, que foi elaborada pelos EUA e está em vigor desde um ano após o fim da II Guerra Mundial.

A oposição, incluindo legisladores, juristas e acadêmicos, contra-argumentam dizendo que a nova interpretação é inconstitucional.

Pesquisas mostram que cerca de 80% dos japoneses são contra as medidas e a maioria acha que a legislação é inconstitucional. Fonte: Associated Press.

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