Armas: defensores da repressão às armas nos EUA afirmam que o governo tem o dever de impor restrições sobre elas para o bem público (Whitney Curtis/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 20h53.
Washington - Deputados democratas nos Estados Unidos apresentaram nesta quinta-feira um amplo projeto de lei destinado a combater a violência armada muito semelhante ao antecipado pelo presidente do país, Barack Obama, no mês passado.
Mas não ficou claro se o projeto será levado a votação. A liderança republicana na Casa tem dito que não tem a intenção de levar o projeto para discussão até que o Senado aja, e há dúvidas se Senado vai aprovar uma legislação de controle de armas.
"Sabemos que vai ser difícil, mas também sei que isso é importante", disse Mike Thompson, presidente da força-tarefa democrata para a prevenção à violência armada formada por 12 membros e que elaborou a proposta.
Os opositores liderados por grupos pró-armas influentes e bem financiados afirmam que novas restrições sobre armas de fogo violariam o direito de portar armas.
Defensores discordam. Eles argumentam que enquanto os americanos têm o direito de possuir armas, o governo tem a responsabilidade de impor restrições para o bem público.
Tem havido um apoio público sem precedentes para leis mais duras em relação às armas após o massacre em uma escola primária de Connecticut, em dezembro, que matou 20 crianças e seis adultos.
Além de proibir armas de assalto semiautomáticas e impor limites a cartuchos de munição de alta capacidade, o pacote dos democratas propõe submeter todos os compradores de armas a verificações de antecedentes e melhor acesso a serviços de saúde mental.
O novo pacote foi anunciado no segundo dia de um retiro de três dias da bancada democrata que teve a visita de Obama. Ele sugeriu que, apesar da oposição de grupos do setor de armas, muitos proprietários são a favor de novas restrições.
"A maioria dos proprietários de armas responsáveis reconhece que não podemos ter uma situação em que mais 20 de nossos filhos ou 100 de nossos filhos ou mais 1000 de nossos filhos sejam baleados e mortos", disse Obama a reunião.
"Há medidas de senso comum que podemos tomar", disse Obama, "e não devemos fugir de tomar essas medidas." O debate sobre o tema ganhou urgência depois que um homem armado matou 20 crianças e seis adultos em uma escola primária de Connecticut, em dezembro. O assassino Adam Lanza, de 20 anos, usou um rifle de assalto tipo AR-15 para alvejar as vítimas antes de se matar.