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Deputados de partido neonazista comparecerão à justiça grega

Vários deputados do partido neonazista Aurora Dourada comparecerão perante um juiz e espera-se que sejam acusados por terem formado uma "organização criminosa"


	Bandeiras da Grécia em rua de Atenas: partido neonazista entrou no Parlamento pela primeira vez nas eleições de junho de 2012
 (Kostas Tsironis/Bloomberg)

Bandeiras da Grécia em rua de Atenas: partido neonazista entrou no Parlamento pela primeira vez nas eleições de junho de 2012 (Kostas Tsironis/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 13h36.

Atenas - Vários deputados do partido neonazista Aurora Dourada comparecerão nesta terça-feira perante um juiz e espera-se que sejam acusados por terem formado uma "organização criminosa", após uma ampla operação da polícia grega contra o grupo.

O líder do partido, Nikos Michaloliakos, detido no sábado, comparecerá na quarta-feira, e seu adjunto Christos Pappas na quinta-feira.

As autoridades judiciais e a polícia desferiram um duro golpe no Aurora Dourada no último fim de semana, como consequência pela morte no dia 18 de setembro de um rapper antifascista pelas mãos de um caminhoneiro que reconheceu pertencer ao grupo neonazista.

Entre os deputados que comparecerão encontra-se o porta-voz do partido, Ilias Kasidiaris, que seria o responsável pelo treinamento paramilitar dos militantes, e Yiannis Lagos, deputado do Pireu.

Segundo o jornal Ta Nea, Yiannis Lagos é suspeito de proxenetismo.

O partido tem 18 deputados, dos 300 do Parlamento.

Beneficiado pela grave crise econômica e social na Grécia, este partido neonazista entrou no Parlamento pela primeira vez nas eleições de junho de 2012, após mais de duas décadas funcionando como um grupo clandestino.

Segundo um relatório judicial, o Aurora Dourada constituiu "milícias de assalto" e organizou operações para atacar imigrantes.

"Participei várias vezes de ações nas quais atuavam entre 50 e 60 motos, com duas pessoas montadas em cada uma. A pessoa que ia atrás segurava um pau com a bandeira grega e espancava todos os paquistaneses que encontrava", explicou ante a justiça uma testemunha ex-militante.

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