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Deputados adotam plano de austeridade de Berlusconi

Salários de funcionários públicos serão congelados por três anos, sistema de aposetadoria será modificado e ministérios terão que diminuir gastos em 10%

Plano de austeridade visa reduzir déficit público da Itália e acalmar mercado

Plano de austeridade visa reduzir déficit público da Itália e acalmar mercado

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h51.

Roma - Os deputados italianos adotaram nesta quinta-feira (29) de forma definitiva o plano de austeridade do governo de Silvio Berlusconi, alvo de fortes críticas e destinado a sanear as finanças públicas do país.

O texto foi aprovado por uma clara maioria: 321 deputados votaram a favor, 270 contra e 4 se abstiveram.

O resultado da votação, durante a qual esteve Berlusconi esteve presente, não deu lugar a dúvidas depois que tanto os deputados como o Senado deram recentemente seu voto de confiança ao governo.

O governo italiano aprovou no final de maio um plano de ajuste num montante de 24 bilhões de euros (32 bilhões de dólares) para os próximos dois anos, em uma conjuntura de crise de confiança na Europa pelos altos déficits e a dívida soberana.

Com essas medidas, a Itália espera reduzir seu déficit público a 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012, depois dos 5,3% do PIB registrado em 2009.

A intenção também é tranquilizar os mercados, já que a Itália tem uma das dívidas públicas mais altas do mundo, de 118,4% do PIB este ano.

Os funcionários do Estado italiano são os que vão pagar o preço mais alto do plano de austeridade, já que seus salários serão congelados durante três anos.

O governo vai exigir que todos os ministérios reduzam 10% dos gastos e cortem as verbas às entidades locais.

Além disso, será mantido o bloqueio à contratação de novas empregados para a administração pública, medida que já era aplicada.

O governo de centro-direita vai modificar os prazos para solicitar a aposentadoria, o que obrigará a muitos trabalhadores a permanecer em seus postos de trabalho vários meses a mais.

O plano de ajuste de Berlusconi provocou uma onda de protestos de diferentes setores: magistrados, diplomatas, funcionários, médicos do serviço público, governadores de regiões de esquerda e de direita.

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