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Deputado republicano tenta fechar acordo entre Trump e WikiLeaks

Em troca, o congressista ofereceu evidências de que a Rússia não foi a fonte dos e-mails vazados publicados pelo site na campanha de 2016

Assange: o possível "acordo" envolveria um perdão "ou algo similar" para Assange (Peter Nicholls/Reuters)

Assange: o possível "acordo" envolveria um perdão "ou algo similar" para Assange (Peter Nicholls/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 21h14.

Washington - O deputado republicano Dana Rohrabacher, da Califórnia, contatou a Casa Branca nesta semana na tentativa de fechar um acordo que encerraria os problemas judiciais nos Estados Unidos do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em troca do que o congressista descreveu como evidências de que a Rússia não foi a fonte dos e-mails vazados publicados pelo site na campanha presidencial de 2016.

A proposta feita por Rohrabacher em telefonema ao chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, na quarta-feira, aparentemente buscava acabar com a investigação contra o WikiLeaks após o vazamento de documentos secretos dos EUA em 2010 por meio de um perdão ou outro ato de clemência do presidente Donald Trump.

O possível "acordo" envolveria um perdão "ou algo similar" para Assange, disse o deputado. Em troca, Assange apresentaria um dispositivo com dados que segundo o congressista inocentaria a Rússia da controvérsia sobre qual a fonte do material roubado e vazado para embaraçar o Partido Democrata na eleição de 2016.

Rohrabacher confirmou que falou com Kelly nesta semana, mas não quis informar o conteúdo do diálogo. Segundo uma fonte do governo, Kelly orientou o congressista a falar com o setor de inteligência, mas não informou detalhes da proposta a Trump.

Uma das vozes mais favoráveis à Rússia no Congresso, Rohrabacher viajou a Londres em agosto para se reunir com Assange, que vive na embaixada do Equador desde 2012 para evitar ser extraditado para a Suécia por acusações de abuso sexual.

A investigação sueca foi encerrada em maio, mas Assange segue na embaixada por temer ser preso e extraditado para os EUA. Após sua visita, o deputado disse em comunicado que Assange sustentou que os russos não estavam envolvidos no vazamento desses e-mails.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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