Mundo

Deputada síria é primeiro membro do Parlamento a desertar

Ijlas Badaui, deputada da cidade de Aleppo, anunciou deserção do regime após fugir para a Turquia

Cidade de Aleppo, na Síria: deputada fugiu para a Turquia e anunciou deserção (Wikimedia Commons)

Cidade de Aleppo, na Síria: deputada fugiu para a Turquia e anunciou deserção (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2012 às 11h20.

Cairo - A deputada síria da cidade de Aleppo, Ijlas Badaui, anunciou nesta sexta-feira sua deserção do regime de Bashar al Assad após fugir para a Turquia, na primeira deserção de um parlamentar desde o início do conflito, confirmou à Agência Efe um dirigente opositor.

Mulhem al-Derubi, membro da Comissão Executiva do Conselho Nacional Sírio (CNS), explicou por telefone que Badaui viajou com sua família para a Turquia e então anunciou sua renúncia.

"Sua deserção representa um passo importante por ser uma mulher e uma deputada", ressaltou Derubi, cuja coalizão é a principal da oposição síria no exílio.

Nos últimos dias as deserções foram constantes. Na quarta-feira passada, o embaixador sírio nos Emirados Árabes Unidos, Abdel Latif al-Dabbagh, abandonou seu posto e se uniu à oposição, como fez pouco antes sua esposa Lamia al-Hariri, representante diplomática no Chipre.

A agência oficial de notícias turca "Anadolu" informou que a deputada se encontra na Turquia e desertou em protesto à violência contra civis praticadas pelo regime de Assad.


Badaui também alertou, segundo a agência, que as forças governamentais preparam uma grande ofensiva contra Aleppo, palco de bombardeios e combates entre os rebeldes e o Exército, há uma semana.

Grupos opositores denunciaram que os bombardeios desta sexta-feira castigaram principalmente os bairros de Al Fardus, Salah ad-Din, Al Sukari, Al Ansari, Al Mashhad e Bustan al Qasr, que estão nas mãos dos insurgentes.

O "número dois" do Exército Livre Sírio (ELS), Malek Kurdi, informou à Efe em Aleppo que seus homens estão se preparando para defender a cidade apesar do regime continuar enviando reforços militares.

A luta pelo controle de Aleppo despertou temor na comunidade internacional pela possibilidade de "um massacre" na cidade, como apontou ontem a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBashar al-AssadEuropaGuerrasPolíticosSíriaTurquia

Mais de Mundo

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique