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Deputada dos EUA teme que Irá use urânio equatoriano

Ileana Ros-Lehtinen criticou a visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Equador e teme o uso do material no programa nuclear iraniano

Mahmoud Ahmadinejad: EUA preocupados com aproximação do Equador (Atta Kenare/AFP)

Mahmoud Ahmadinejad: EUA preocupados com aproximação do Equador (Atta Kenare/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 16h02.

Washington - A congressista republicana dos Estados Unidos, Ileana Ros-Lehtinen, expressou nesta quinta-feira seu temor que o Irã obtenha acesso às reservas de urânio do Equador para abastecer seu programa nuclear, por ocasião da chegada a Quito do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

'Enquanto os Estados Unidos e os países responsáveis trabalham para forçar o Irã a cessar e desmantelar de forma verificável seu programa nuclear, estou preocupada que (o presidente do Equador, Rafael) Correa esteja em posição de solapar esses esforços', afirmou Ileana em comunicado.

A legisladora, que preside o Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, considerou que 'a crescente aliança do Irã com Correa facilita a capacidade de Teerã de acessar as reservas de urânio do Equador'.

Além disso, mostrou sua inquietação diante da possibilidade 'que o Equador esteja solidificando seu status como cúmplice deliberado de uma política iraniana centrada em danar os EUA, nossos interesses e nossos aliados'.

'Os EUA devem acompanhar de perto esta imutável cooperação e enfrentar o papel potencial de Correa ao auxiliar a ambição nuclear do Irã', acrescentou Ileana, garantindo que ambos países empreenderam 'numerosos projetos econômicos e políticos juntos'.

No começo da viagem de Ahmadinejad, a congressista a qualificou como 'tour de tiranos' e assegurou que seu objetivo era se aproximar de 'outros ditadores e violadores dos direitos humanos'.

Correa receberá Ahmadinejad hoje em um encontro que foi criticado por empresários do país, pelo temor que prejudique o comércio de seu país com os EUA e com a União Europeia (UE), confrontados com Teerã por seu programa nuclear.

A visita é a quarta parada da viagem que levou o líder iraniano à Venezuela, Nicarágua e Cuba desde o domingo passado, e que a diplomacia americana considera uma busca 'desesperada' por apoios de um regime 'isolado'. 

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