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Depois da comemoração, Líbia aguarda anúncio de "libertação"

Kadafi foi capturado vivo na quinta-feira perto de sua cidade natal, Sirte, e morto a tiros pelos rebeldes

Líbias celebram nas ruas de Trípoli a notícia da morte de Kadafi: o anúncio da morte provocou festa em todo o país (Marco Longari/AFP)

Líbias celebram nas ruas de Trípoli a notícia da morte de Kadafi: o anúncio da morte provocou festa em todo o país (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 07h36.

Trípoli - A Líbia aguardava nesta sexta-feira a proclamação da libertação total do país, o que pode acontecer no sábado, depois de uma noite de celebrações pela morte do ex-ditador Muammar Kadafi.

O ex-líder líbio, foragido desde a queda de Trípoli em agosto, foi capturado vivo na quinta-feira perto de sua cidade natal, Sirte (360 km ao leste da capital), e morto a tiros pouco depois em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Ele pode ter sido executado ou morto em combate.

A versão oficial, anunciada pelo primeiro-ministro Mahmud Jibril, é que Kadafi morreu com um tiro na cabeça durante um tiroteio entre forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) e combatentes leais ao antigo regime.

O anúncio da morte provocou festa em todo o país. Milhares de pessoas saíram às ruas espontaneamente para celebrar a notícia, em alguns casos de maneira histérica.

Em Trípoli, Misrata, Benghazi, Sabratha e outras cidades, os tiros para o alto prosseguiram durante a madrugada.

Os tiros deixaram pelo menos 63 feridos e podem ter provocado mortes, segundo o canal de TV Al-Ahrar.

O Conselho Militar de Trípoli pediu em um comunicado a todos os cidadãos o fim dos tiros, independente das armas ou circunstâncias.

A comunidade internacional saudou a morte de Muamar Kadafi, pediu a reconciliação no país e espera o fim da intervenção da Otan.

O CNT anunciou que a proclamação da libertação total da Líbia acontecerá nesta sexta-feira ou no sábado, encerrando assim um conflito de oito meses que matou pelo menos 30.000 pessoas.

Após uma revolta sem precedentes contra o regime autoritário, Muamar Kadafi, de 69 anos, que governou a Líbia durante 42 anos, estava foragido desde agosto. Ele foi o primeiro dirigente árabe morto desde o início da "Primavera Árabe".

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