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Densidade populacional de NY complica rastreamento de ebola

Dr. Craig Spencer, um médico atuando com casos que estava trabalhando com a organização Médicos Sem Fronteiras na Guiné, retornou a NY na sexta-feira passada


	Ebola: hospitais dos EUA têm estado em alerta máximo, com dezenas de casos suspeitos avaliados
 (Ted Aljibe/AFP)

Ebola: hospitais dos EUA têm estado em alerta máximo, com dezenas de casos suspeitos avaliados (Ted Aljibe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 09h51.

Nova York/Chicago - Após um médico de Nova York ter testado positivo para Ebola, voltando de uma viagem onde foi voluntário na África, representantes do setor de saúde enfrentam o desafio de decidir o quão ampla seria sua possível rede de contatos na maior e mais densa cidade dos Estados Unidos.

O dr. Craig Spencer, um médico atuando com casos de emergência que estava trabalhando com a organização Médicos Sem Fronteiras na Guiné, país que tem sofrido com o surto de Ebola, retornou à cidade na sexta-feira passada.

Depois disso, segundo as autoridades, ele visitou um parque, fez uma refeição em um restaurante, visitou um boliche no Brooklyn, andou de metrô pelo menos três vezes e fez uma corrida de quase cinco quilômetros.

Uma funcionária do setor saúde de Nova York envolvida no caso disse à Reuters que o foco será encontrar as pessoas com as quais Spencer teve contato próximo. A dra. Mary Travis Bassett, comissária de saúde da cidade, disse em uma coletiva de imprensa que Spencer só teve contato próximo com dois amigos e com a noiva, e todos parecem estar bem, mas foram colocados em quarentena.

Autoridades contataram um motorista de táxi que transportou Spencer na quarta-feira, mas não consideram que ele esteja sob risco.

As autoridades não assumirão a quase impossível tarefa de identificar cada um dos passageiros que andaram nos mesmos trens que Spencer, porque a chance de eles terem contraído Ebola é “quase provavelmente zero”, disse ela.

O pior surto de Ebola já registrado matou pelo menos 4.877 pessoas no oeste da África desde março, e há apenas um pequeno número de infecções fora do continente.

O primeiro paciente diagnosticado em solo norte-americano, um viajante liberiano chamado Thomas Duncan, chegou no fim de setembro e morreu em 8 de outubro. Duas das enfermeiras que o atenderam também adoeceram.

Após esse caso, hospitais dos EUA têm estado em alerta máximo, com dezenas de casos suspeitos avaliados. Spencer foi o primeiro caso confirmado em Nova York.

A cidade seguirá as orientações dadas pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA, segundo o qual o Ebola é transmitido pelo contato com fluídos corporais, como vômito ou suor, de uma pessoa com a doença. A ONG Médicos Sem Fronteiras disse ter orientações de conduta para voluntários que voltam de missões, incluindo o automonitoramento constante por sinais de doença.

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