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Demóstenes pode ficar sem testemunhas no Conselho de Ética

O advogado Ruy Cruvinel não foi ao Senado para depôr nesta terça-feira e o empresário Carlinhos Cachoeira também não deve comparecer amanhã

A defesa pretendia, com o depoimento do advogado, provar que a informação de que Demóstenes seria sócio de Cachoeira é falsa (Antonio Cruz/Abr)

A defesa pretendia, com o depoimento do advogado, provar que a informação de que Demóstenes seria sócio de Cachoeira é falsa (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 11h10.

Brasília - Com a ausência do advogado Ruy Cruvinel no depoimento que faria hoje (22) ao Conselho de Ética do Senado, o processo contra o senador Demóstenes Torres (sem partido – GO) por quebra de decoro parlamentar poderá ocorrer sem depoimentos de testemunhas de defesa.

O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse que a outra testemunha apresentada por ele – o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira – provavelmente não deve comparecer ao depoimento de amanhã (23) no conselho. A sessão está marcada para amanhã, às 14 horas.

"Ele é obrigado a vir ao depoimento à [comissão parlamentar mista de inquérido] CPMI, mas não precisa comparecer ao Conselho de Ética, e a informação que tenho é que ele pode não comparecer. Vou conversar hoje com o senador Demóstenes para ver se apresentamos outras testemunhas", disse o advogado do parlamentar.

"Caso contrário, teremos só o depoimento do próprio Demóstenes", disse Almeida Castro. Hoje, o conselho definiu que o depoimento de Demóstenes será na terça-feira (29), às 9h30. Anteriormente, essa oitiva estava marcada para segunda-feira, dia 28.

Na noite de ontem (21), Ruy Cruvinel enviou um ofício ao colegiado informando que não compareceria por motivos pessoais e familiares. De acordo com Almeida Castro, a defesa pretendia, com o depoimento do advogado, provar que a informação de que Demóstenes seria sócio de Cachoeira é falsa.

"Essa informação foi divulgada na imprensa que publicou uma reportagem dizendo que Cruvinel, ao ser preso, teria dito que Demóstenes era sócio de Cachoeira. Depois, ele mesmo desmentiu isso. Disse que nunca foi preso e que nunca disse isso em relação a Demóstenes", explicou Almeida Castro. "Eu não conheço esse advogado", disse.

Almeida Castro pediu hoje uma perícia nas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal referentes a Demóstenes. Segundo o advogado, uma análise feita pela defesa já identificou manipulação nas gravações que indicam que as frases foram descontextualizadas. O relator do processo, Humberto Costa (PT-PE) disse que irá avaliar o pedido do advogado.

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