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Demonstração de força norte-coreana se resume a helicóptero

País fez ameaças de guerra atômica contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul depois de sofrer novas sanções da ONU

Helicóptero é visto na margem do rio Yalu, próximo da cidade norte-coreana de Sinuiju, em frente a cidade chinesa de Dandong (Jacky Chen/Reuters)

Helicóptero é visto na margem do rio Yalu, próximo da cidade norte-coreana de Sinuiju, em frente a cidade chinesa de Dandong (Jacky Chen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 12h11.

Dandong - Um único helicóptero norte-coreano de aspecto antiquado lançou nesta sexta-feira cinco paraquedistas no seu lado da fronteira com a China, numa demonstração de força pouco convincente após semanas de retórica belicosa.

A Coreia do Norte fez ameaças de guerra atômica contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul depois de sofrer novas sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) por causa do seu terceiro teste com armas nucleares, em fevereiro.

Em reação a isso, os EUA mobilizaram aviões invisíveis a radar na península da Coreia e reforçaram seus sistemas antimísseis em lugares como Guam e Alasca.

Mas autoridades norte-americanas e sul-coreanas dizem não ter detectado sinais de mobilização militar reforçada na Coreia do Norte, cujas Forças Armadas estão entre as maiores do mundo, embora supostamente mal treinadas e mal equipadas.

Um repórter da Reuters na cidade chinesa de Dandong, na fronteira com a Coreia do Norte, disse ter visto os paraquedistas norte-coreanos saltando de um helicóptero da época soviética durante um treinamento sobre a localidade de Sinuiju. Não houve sinal de nenhuma outra atividade militar.

Também era possível visualizar seis velhos bombardeiros estacionados ao lado da pista de pouso de Sinuiju, cidade separada de Dandong pelo rio Yalu. Mais abaixo, num trecho de fronteira "seca", soldados norte-coreanos vigiavam uma cerca de arame farpado, conversando e rindo, enquanto camponeses aravam os campos desolados atrás deles.

Na pequena, porém próspera, Dandong, o clima era de tranquilidade. "Será que algum país realmente tem medo deles?", disse o aposentado chinês Zheng Jia, de 73 anos, que caminhava à beira do rio fronteiriço. "A China pode ampará-los, (mas) não há hipótese de que a China os apoie em começar uma briga." O Ministério da Defesa chinês negou nesta sexta-feira relatos da imprensa estrangeira sobre uma concentração militar na fronteira com a Coreia do Norte. Mas a imprensa estatal disse que um raro exercício contra ataques aéreos foi feito na quinta-feira em outra cidade fronteiriça, Hunchun.

Imagens mostradas por uma TV de Hong Kong indicaram que se tratou de um exercício de pequena escala. Mulheres idosas foram vistas em abrigos, levando lenços à boca. Um usuário do Sina-Weibo (espécie de Twitter) chinês disse que, embora viva em Hunchun, nem ficou sabendo da atividade.

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