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Democratas votarão proposta para limitar ações bélicas de Trump

A presidente da Câmara dos Representantes afirmou que o Congresso deve interromper as hostilidades militares do governo em relação ao Irã em 30 dias

EUA: Trump ordenou o ataque que matou o general iraniano Qasem Soleimani (Joe Raedle / Equipe/Getty Images)

EUA: Trump ordenou o ataque que matou o general iraniano Qasem Soleimani (Joe Raedle / Equipe/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 15h24.

Última atualização em 6 de janeiro de 2020 às 15h43.

Parlamentares democratas votarão nos próximos dias uma proposta de resolução no Congresso dos Estados Unidos que procura controlar as ações militares dispostas pelo presidente Donald Trump, após o mandatário ordenar o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, disse a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

Ela anunciou por meio de uma carta enviada a seus colegas no domingo que esta proposta busca "limitar as ações militares do presidente referentes ao Irã".

De acordo com Pelosi, a medida "reafirma as responsabilidades largamente estabelecidas de controle do Congresso com um mandato a, caso não sejam tomadas medidas parlamentares adicionais, interromper as hostilidades militares do governo em relação ao Irã em um prazo de 30 dias".

Trump deu a ordem, na semana passada, de executar Soleimani, chefe das forças Al Quds dos Guardiões da Revolução e encarregado das operações estrangeiras do Irã, que morreram na sexta-feira em um ataque de drones em Bagdá.

Pelosi disse que a decisão colocou as tropas americanas e civis em perigo, "arriscando uma grave escalada de tensões com o Irã".

Os democratas protestaram que Trump tomou essa decisão sem primeiro consultar os oito principais parlamentares do Congresso, um grupo integrado por Pelosi, e insistiram que só o Congresso tem o poder de declarar guerra.

"Como membros do Congresso, nossa primeira responsabilidade é manter o povo americano seguro", disse Pelosi em sua carta.

"Por esta razão, estamos preocupados porque o governo tomou esta ação sem consulta ao Congresso e sem respeitar o poder do Congresso para a guerra, que está garantido pela Constituição".

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