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Democratas processam Rússia e campanha de Trump por conspiração

O partido alega em ação civil que equipe de Trump agiu com o governo russo e sua agência de espionagem para prejudicar Hillary Clinton em eleições

Trump: filho e genro do presidente americano também foram acusados (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: filho e genro do presidente americano também foram acusados (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de abril de 2018 às 17h38.

O Partido Democrata dos Estados Unidos processou o governo da Rússia, a campanha eleitoral do presidente norte-americano, Donald Trump, e o site WikiLeaks nesta sexta-feira, acusando-os de terem criado uma conspiração de grande abrangência para influenciar a eleição presidencial de 2016.

O partido alega na ação civil federal apresentada em Manhattan que autoridades de primeiro escalão da campanha de Trump conspiraram com o governo russo e sua agência militar de espionagem para prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton e fazer a eleição pender para Trump invadindo computadores do Partido Democrata.

A ação civil alega que a campanha do republicano Trump "aceitou alegremente a ajuda da Rússia" na eleição de 2016 e a acusa de ser um "empreendimento extorsivo" que trabalhou em conluio com Moscou.

"Durante a campanha presidencial de 2016, a Rússia lançou um ataque total à nossa democracia e encontrou um parceiro disposto e ativo na campanha de Donald Trump", disse Tom Perez, presidente da Convenção Nacional Democrata. "Isto constituiu um ato de traição inédita."

Entre os acusados da ação estão três pessoas que foram indiciadas em resultado da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa: o ex-gerente de campanha Paul Manafort, seu associado Rick Gates e o ex-assessor de campanha George Papadopoulos.

Donald Trump Jr., Roger Stone, um associado de Trump, e Jared Kushner, genro do presidente, também foram acusados.

A Casa Branca não respondeu de imediato a pedidos de comentário. Trump vem negando reiteradamente que sua campanha tenha se mancomunado com a Rússia, e Moscou nega ter interferido na votação.

No ano passado quatro agências de inteligência norte-americanas relataram que a Rússia patrocinou a invasão cibernética de grupos do Partido Democrata e outras ações durante a campanha de 2016. Parte do esforço visava beneficiar Trump em detrimento de Hillary, disseram as agências.

O Comitê Nacional Democrata culpa a Rússia por violações de seus sistemas de computadores em 2015 e na primeira metade de 2016.

A maioria das acusações parece se basear em reportagens e em documentos legais abertos ao público, e oferecem poucas informações novas sobre o suposto conluio com Moscou.

Os democratas estão empenhados em lembrar os eleitores da questão russa e da eleição de 2016 antes das eleições parlamentares de meio de mandato de novembro.

O Comitê Nacional Republicano, a campanha Trump, o gerente de campanha Michael Glassner, o WikiLeaks e os advogados de Trump Jr., Manafort, Gates e Papadopoulos também não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Stone disse que o processo foi baseado em "uma teoria de conspiração de esquerda". "Nenhuma prova ou evidência", ele escreveu em um e-mail para a Reuters.

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