Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Jim Young/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de março de 2019 às 14h32.
Última atualização em 15 de março de 2019 às 14h37.
Washington — O Caucus Hispânico do Congresso dos Estados Unidos (CHC), formado integralmente por democratas, pediu nesta sexta-feira ao FBI e ao Departamento de Segurança Nacional que investiguem a prática "sistemática" da Organização Trump de contratar imigrantes ilegais.
"Escrevemos para solicitar uma investigação exaustiva sobre as reivindicações de ex-empregados da Organização Trump de que essa empresa violou as leis civis e penais ao recrutar, empregar e explorar trabalhadores imigrantes ilegais", escreveu o presidente do CHC, Joaquín Castro, em carta ao FBI.
O CHC considerou "fundamental" que as vítimas e testemunhas das supostas violações da lei por parte da Organização Trump - propriedade do presidente dos EUA - "estejam protegidas".
"Qualquer ação por parte do Departamento de Segurança Nacional contra estes empregados poderia ser uma obstrução à justiça", acrescentou o grupo de legisladores hispânicos.
Segundo o CHC, a Organização Trump criou um método para obter "sistematicamente" acesso a mão de obra barata através de imigrantes ilegais.
O pedido de investigação do Caucus Hispânico se baseia em uma reunião entre os legisladores e vários ex-funcionários da Organização Trump, que denunciaram estas práticas, de acordo com o CHC.
"Continuamos escutando que o número de trabalhadores da Organização Trump anteriormente imigrantes ilegais é maior do que os 30 indivíduos reportados e que muitos estão assustados demais para denunciar", esclareceu o CHC.
Além de Castro, o pedido foi assinado pelos legisladores Ruben Gallego, Nanette Díaz-Barragán, Adriano Espaillat e Verónica Escobar.
Outro grupo de legisladores democratas reivindicou em fevereiro ao diretor do FBI, Christopher Wray, que investigue a Organização Trump por ter empregado em seus campos de golfe pelo menos 20 trabalhadores latino-americanos imigrantes ilegais.
Nessa ocasião, 20 ex-funcionários dos campos de golfe de Trump em Westchester (Nova York) e Bedminster (Nova Jersey) denunciaram que eram imigrantes ilegais e trabalharam para as empresas do presidente americano.
A Organização Trump defendeu então que estes trabalhadores imigrantes ilegais já não trabalham para suas empresas e que no momento de empregá-los não sabiam que eram imigrantes ilegais porque usaram documentos falsos.